Flora Mariah é performer, professora e pesquisadora da dança e do movimento. Licenciada em Dança pela Universidade da Cidade do Rio de Janeiro e formada pelo Curso Técnico de Formação de Bailarino Contemporâneo da Escola Angel Vianna. Em 2014, deu início ao trabalho no Complexo da Maré (Rio de Janeiro), com uma oficina de dança e conscientização do movimento. A experiência da oficina originou a formação de um grupo de jovens, dançarinos do passinho - o RuaC do Passinho, com o qual trabalhou por dois anos. Esta experiência proporcionou também uma aproximação mais profunda ao universo do Funk, que levou ao desenvolvimento e realização, em 2015, com Geisa Lino, do projeto AMARÉFUNK - um festival de funk que aconteceu dentro da favela da Maré, com diversas atividades gratuitas, tais como: workshops de DJ e danças urbanas; debates sobre funk e sexualidade, a criminalização do funk e segurança pública; shows e palco aberto para DJs e MCs da comunidade. Em 2016, mudou-se para Lisboa, onde iniciou seus estudos no mestrado em Antropologia do ISCTE-IUL. Em 2018, criou o “Raba Power”, um projeto de investigação e partilha de diferentes técnicas e abordagens sobre mobilidade pélvica, sexualidade e auto-aceitação. Em 2020, a partir da pesquisa sobre a pelve do Raba Power, criou um novo projeto chamado ANCORAR, onde aprofunda ainda mais nessa pesquisa sobre a pelve numa aposta de que através dela, podemos acessar conteúdos profundos e nos reconectar com aquilo que nos dá suporte tanto mecânico, quanto emocional. Desde 2015 colabora com o AND Lab, integrando atividades das escolas e labs e colaborando com oficinas pontuais sobre sua pesquisa da pelve. Atualmente integra o AND Collective e colabora com a Escola do Reparar.