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- Historial-e-Trajetoria
Sobre o AND Lab e o Modo Operativo AND | AND Lab Next QU Ê? (O AND Lab) Historial & Trajetória Historial O AND Lab, fundado em 2011 em Lisboa e constituído como associação cultural sem fins lucrativos em 2015, é uma estrutura artesanal de investigação artística, que tem vindo a desenvolver uma abordagem única, experimental e expandida à criação artística, praticando-a enquanto ação micropolítica duracional, transversal e interdisciplinar, conjugando modos de fazer e interfaces com origem em diferentes campo artísticos (performance, dança, teatro, artes visuais, práticas site-specific etc) e em áreas tais como a antropologia, a educação e as pedagogias radicais, a psicologia clínica de território, a arquitetura e a agricultura sustentáveis, o ativismo e a mediação comunitária etc. Esta abordagem foi-se constituindo numa marca singular, ao longo de anos em que o AND Lab vem sustentando uma programação consistente e regular, sempre assente na permeabilidade entre pesquisa, transmissão e criação, assim como na construção de dispositivos performativos relacionais imersivo-participativos que, ao mesmo tempo, proporcionam a habitação do encontro e permitem tomar a convivência enquanto lugar de pesquisa e co-criação coletiva. A programação do AND Lab assenta na transmissão-partilha das ferramentas do Modo Operativo AND (metodologia de composição colaborativa e cuidado-curadoria criada por Fernanda Eugenio) em conversa com práticas afins e com a proposição de diferentes questões motoras a cada ano. Atualmente, o AND Lab habita já há dois anos a cooperativa Penhasco, depois de um período itinerante, no qual foi acolhido por várias estruturas da cidade, estabeleceu uma rede em outros países da Europa e América do Sul e firmou um programa regular em Lisboa - cujo carro-chefe, o programa continuado e expandido de formação artístico-política Escola do Reparar, ancora-se num anterior programa de escolas e laboratórios de verão que contou com 5 edições em Lisboa e 8 edições brasileiras, realizadas nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. A Escola do Reparar toma corpo em 2020 com uma edição piloto e torna-se programa regular em 2021 juntamente com a comemoração dos dez anos de existência da plataforma AND Lab em Lisboa, a partir de um sólido trabalho de investigação artística das políticas da convivência, que vem acumulando experiência e tecendo redes há quase duas décadas, entre Portugal e Brasil. Instalando-se como plataforma perene e transversal, no campo vivo de lutas político-afetivas que temos habitado, o AND Lab assenta-se no "entre", enquanto instância de experimentação e re-imaginação do que queremos e podemos enquanto comunidades. Trajetória O AND Lab e o Modo Operativo AND, tal como hoje se estruturam, emergiram como consequência da extensa trajetória de investigação-inquietação de Fernanda Eugenio desde os anos 2000, marcada por colaborações intensivas, deslocações e desvios, entre a pesquisa acadêmica estrita e uma investigação singular e cada vez mais indisciplinada dos usos artísticos e políticos da etnografia como ferramenta circunscritiva-performativa. Esta pesquisa, sendo processual, sintetizou-se de diferentes modos e com diversas nomenclaturas ao longo desses anos – Sistema É-Ou-E, Modo de Vida E, Etnografia Recíproca, Etnografia como Performance Situada, Reprograma, Reparagem, Pensacção – até adotar a atual nomenclatura Modo Operativo AND, firmada durante uma fase de colaboração com o coreógrafo português João Fiadeiro. A primeira formulação do Modo Operativo AND surgiu em 2002 , com o pano de fundo da antropologia, no âmbito da pesquisa de doutoramento de Fernanda Eugenio, realizada, entre 2002 e 2006, no Museu Nacional, Rio de Janeiro, Brasil. Seguiu-se uma aproximação ao campo das artes performativas e uma transversalização crescente do AND enquanto conjunto de ferramentas, que levou à emergência de uma vasta rede de pessoas colaboradoras e interlocutoras das mais diversas áreas: sem prejuízo da relação com as práticas artísticas (performativas, cênicas e visuais) e com os estudos de performance, foram ganhando especial relevo os cruzamentos com as práticas de cuidado e mediação na psicologia (em particular na clínica transdisciplinar e de território), na pedagogia, no serviço social, no serviço educativo de museus e centros culturais, mas também no ativismo, na arquitetura e no urbanismo tático. Surgiram ainda prolíficas conversas e aplicações do Modo Operativo AND em áreas tão diversas quanto a informática, a agricultura e a alimentação ou as neurociências. A colaboração de longa duração entre Fernanda Eugenio e João Fiadeiro, iniciada em 2009 , sob a forma de iniciativas pontuais entre Brasil e Portugal, foi formalizada num projeto produzido pela estrutura Real e apoiado pela Direção Geral das Artes, entre 2011 e 2014. Assim, num primeiro momento, entre 2011 e 2012 , o AND Lab foi, sobretudo, um projeto de investigação: simultaneamente projeto de pós-doutoramento em Antropologia de Fernanda Eugenio no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e iniciativa em colaboração com a estrutura Real. Nessa altura, João Fiadeiro tinha suspendido o seu trabalho autoral, acolhendo este “laboratório de etnografia recíproca”, no qual a ética AND proposta por Fernanda Eugenio viria a ser colocada, sistematicamente, em conversa com o método da Composição em Tempo Real (CTR), desenvolvido pelo coreógrafo desde os anos 90. Datam deste período as conferências-performance Secalharidade (2012) e O Jogo das Perguntas (2013) , que procuraram sintetizar a filosofia habitada do Modo Operativo AND. Foram anos de experimentação intensiva, durante os quais Fernanda e João chegaram a pensar que as suas ferramentas – o Modo Operativo AND e a Composição em Tempo Real (CTR) – formariam um só conjunto de práticas. Em Março de 2013 , ainda neste enquadramento, fundaram o AND Lab como centro de investigação, num movimento que o fazia passar de projeto a lugar. A primeira sede do AND Lab foi no Atelier Real, em Lisboa – sede também da Companhia Real, de João Fiadeiro. Durante o ano de 2013 e, principalmente, em 2014, o uso intensivo e as interlocuções que se foram juntando à volta das duas práticas ajudaram a clarificar importantes diferenças de modulação, enfoque e aplicação entre ambas. O MO_AND foi confirmando a sua inclinação enquanto ferramenta de cuidado-curadoria de uso transversal e pronunciadamente político, enquanto a CTR foi reencontrando o seu lugar e importância como ferramenta de composição coreográfica e metodologia de criação. Preservando-se o reconhecimento da riqueza que o período de convivência trouxe a cada pesquisa, as duas práticas seguiram caminhos próprios a partir de 2014 . Ainda hoje são partilhados alguns procedimentos, entre os quais o jogo básico de tabuleiro, embora MO_AND e CTR lhes dêem, cada qual, um uso distinto. Também parte do vocabulário atual praticado por João Fiadeiro na CTR segue alimentado pela filosofia AND. O Modo Operativo AND consolidou-se enquanto ética e modo de vida comprometido com uma aplicação no plano das micropolíticas de reciprocidade que sustentam a vida (em) comum, englobando um conjunto de ferramentas de uso coletivo aberto a qualquer tipo de corpo, matéria ou inquietação. Tornou-se em metodologia de base para um projeto transversal e continuado de formação artístico-política, no cruzamento entre as artes, o pensamento crítico, as práticas político-afetivas encarnadas e as pedagogias radicais. A partir de 2015, a plataforma AND Lab, firmando-se no entrelaçamento entre fazeres artísticos, processos participativos, política e espiritualidade, seguiu, sob a direção de Fernanda Eugenio , habitando e aprofundado práticas de cura(doria), justeza social e (re)ativação da inseparabilidade enquanto experiência sensível de relação com a terra-soma. Mantendo-se em Lisboa, o AND Lab tornou-se itinerante e foi acolhido por diferentes estruturas da cidade, do Estúdio Vanda Melo ao Fórum Dança, passando por uma temporada de colaboração com o coletivo Baldio Estudos de Performance. Entre meados de 2015 e meados de 2016 , tomou, finalmente, a forma de uma associação cultural, no plano da qual Fernanda Eugenio passou a contar com o apoio afetuoso e atento de Ana Dinger, nos cuidados estruturais e no dia-a-dia da pesquisa, até 2019 . Entre 2015 e 2019 , emergiram os programas anuais e regulares das Escolas e Laboratórios de Verão AND, que, sob a direção e curadoria de Fernanda Eugenio, em conversas locais com diferentes interlocutores, se estabeleceram no eixo Portugal-Brasil, com edições temáticas anuais em Lisboa, Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo. A força de intervenção somático-política desses encontros - e a sua capacidade de fazer campo energético , instalando-se enquanto zonas espácio-temporais de agregação, interconexão e transmutação - traduziu-se na afluência e aglutinação crescente de pessoas a se deslocarem para as imersões, em cada vez maior número e de propósito. Este movimento, aos poucos, foi sinalizando a necessidade de se construírem condições para que essa paisagem pulsante pudesse se firmar num formato continuado, extensivo e duracional. Assim, tendo como ancestrais diretos esses encontros intensivos anuais, emerge em 2020 o atual programa expandido da Escola do Reparar. Ao longo desse período intensivo de cinco anos em que duraram as escolas e labs, o AND Lab realizou a maior parte das suas atividades nas dependências do equipamento municipal Polo Cultural das Gaivotas, até mudar-se, em dezembro de 2019 , para a cooperativa artística Penhasco, onde firmou seu pequeno atelier lisboeta. Em paralelo, foram abertos cinco núcleos locais do AND Lab no Brasil - em Curitiba (desde Novembro de 2017, cuidado por Francisco Gaspar Neto e Milene Duenha), no Rio de Janeiro (desde Janeiro de 2018, cuidado por Guto Macedo, Iacã Macerata e Mariana Pimentel), em São Paulo (desde Agosto de 2018, cuidado por Naiá Delion e Pat Bergantin), em Brasília (desde abril de 2019, cuidado por Alina Duchrow, Guilherme Mayer, Luana Castro, Jaqueline Silva e Rosa Schramm) e em Palmas (que se inicia enquanto desejo em novembro de 2019 e se firma em março de 2022, cuidado por Thaise Nardim) e dois núcleos local na Europa - um na Espanha, em Madrid (desde Junho de 2018, cuidado por Samuel Sardinha) - e outro na Alemanha, em Berlim (desde maio de 2022, cuidado por Manoela Rangel). A rede de interlocutores do AND Lab e do Modo Operativo AND, já antes transversal, concretizou-se, nos últimos anos, em projetos e iniciativas cada vez mais variados, num percurso de espalhamento também geográfico – entre Brasil, Chile, Argentina, Peru, Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia, Alemanha, Áustria, República Checa, Reino Unido, EUA, Canadá, Nova Zelândia, Vietnã e Filipinas. Firmaram-se, também neste tempo, projetos colaborativos sensíveis e de visceral importância para o MO_AND, tais como: a retomada a partir de 2014 da colaboração em práticas site-specific entre Fernanda Eugenio e Gustavo Ciríaco (2009-atual); a interlocução de Fernanda Eugenio com Soraya Jorge e o Movimento Autêntico, tendo também a companhia de trocas de Guto Macedo e Naiá Delion, numa pesquisa continuada de procedimentos para a escuta sensível e a (co)responsabilização, a partir de uma aproximação entre o Reparar e o Testemunhar (2015-atual); a temporada colaborativa entre Fernanda Eugenio e Francisco Gaspar Neto à volta dos AND How (2015) a emergência do projeto dos Metálogos entre Fernanda Eugenio e Ana Dinger, que se tornou numa série e teve seis edições (2015-2019); a entrada em conversa direta com a clínica e a psicologia transdisciplinar, tendo como interlocutores mais frequentes, numa relação direta com Fernanda Eugenio, Iacã Macerata e Ruan Rocha, além de contribuições de Eduardo Passos, Catarina Resende, Mariana Borges, Letícia Barbosa e Christian Sade, no Brasil, e Mariana Ferreira, em Portugal (2017-atual); as pesquisas iniciais à volta do que se tornaria o procedimento ANDbodiment, com Fernanda Eugenio, Milene Duenha e Flora Mariah, e tendo como corpas convidadas Joana Maia e Ruan Rocha (2017-2018) o encontro do MO_AND com a Ternura Radical, nas Práticas de Des-Imunização e nas Práticas de Dis-solução criadas entre Fernanda Eugenio e Dani d'Emilia (2018-2020) e, mais recentemente, nas nascentes Re-fusing Practices , quando então se soma, às duas, a colaboração de Sarah Amsler, abrindo-se um plano de relação mais direto com o universo do coletivo Gestos Rumo a Futuros Decoloniais (2021). a emergência de um desdobramento dos jogos de corpo-território (ANDbodiment e Comparência) do MO_AND, a partir do foco nas manifestações etéricas e na movência de forças que começam a se tornar frequentes neste plano, levando a uma pesquisa da en/ex-corporação que ativa uma espiritualidade política e uma política espiritualizada, num projeto colaborativo entre Fernanda Eugenio, Pat Bergantin e Manoela Rangel, as Práticas de Re-mediação (2020-atual) A partir de 2020 , começa a tomar corpo, ainda, uma importante reorientação no projeto do AND Lab, rumo a uma relação de proximidade e coabitação mais direta com a terra. Esta inclinação, que foi sendo gestada como desejo ao longo dos anos, assente no modo comunitário de vida que emergiu à volta do MO_AND, confirmou-se como ainda mais premente e justa com o surgimento da pandemia de covid-19, levando a diferentes experimentações junto a estruturas de acolhimento no campo, tanto no Brasil como em Portugal, com a realização de algumas residências, chamadas experimentalmente de LAND, na Bahia e no Algarve, até a emergência da parceria com a Trust Collective, no Barril de Alva, região de Coimbra, através da qual a Escola do Reparar faz um primeiro movimento mais consistente de transferir as suas ações para o campo. A situação pandêmica também corrobora, entre 2020 e 2021 , para uma reconfiguração nos modos de relação entre as pessoas colaboradoras no AND Lab Lisboa e nos diferentes núcleos AND espalhados pelo Brasil. Com a passagem do plano relacional, predominantemente, para a interface online, as ações que antes eram organizadas fragmentadamente, em diferentes cidades, entre Fernanda Eugenio e cada grupo local, concentram-se num só plano, levando à integração de todes num só grande grupo, a fazer campo de amparo e cuidado para o projeto a partir de diferentes localizações geográficas, organizando e propondo juntes ações que passam a integrar a Escola do Reparar. Emerge, assim, um coletivo transoceânico enquanto corpo sustentado da plataforma AND Lab: o AND Collective , formado por Fernanda Eugenio, Flora Mariah, Guto Macedo, Iacã Macerata, Manoela Rangel, Mariana Pimentel, Milene Duenha, Naiá Delion, Pat Bergantin e Ruan Rocha. VER OS PROGRAMAS & ATIVIDADES DO AND Go VER OS PROGRAMAS & PRÁTICAS COLABORATIVAS Close
- edicao-03-2022
Edições Anuais da Escola do Reparar | AND Lab Next Escola do Reparar ANTERIOR PRÓXIMA Escola do Reparar Ed#3-2022 Amparo e Encanto: Re-membração e Descontinuação do Irreparável Estamos cansades e confuses. Um pacto com o desamparo, tão involuntário quanto inescapável, tem drenado as nossas capacidades de co-sentir - de habitar plenamente a inter e a intraconectividade enquanto rede inesgotável de cuidado e sustento recíprocos. Estamos ofuscades e tristes. Navegando na faixa de frequência do desencanto, entoamos a falta num peito-buraco-sem-fundo. Vamos seguindo, atordoades demais para reconhecer e honrar o que já temos e o que não paramos de receber. Atordoades demais, também, para sonhar retribuições, superações vitais e invenções revitalizantes. Nesta terceira edição da Escola do Reparar, a proposta é pesquisar, na carne e com as forças que nela circulam, vias para voltar a acessar a sensibilidade do amparo e do encanto - duas modulações da experiência sensível da inseparabilidade que, apostamos, vibram a potência de outras cura(doria)s de vida, afinadas com um comum mais-que-humano, infinitesimal e cósmico. O amparo vibra enquanto re-pouso: é e acontece lá onde voltamos a chegar onde já estamos, aterramos. E, porque acessamos o estado de pouso, também des-cansamos, repousamos. É aquela faixa de frequência na qual experimentamos sustento e dádiva - o amparo do Fundo Comum da Vida, no qual co-participamos enquanto partícula feita e fazedora de outras partículas. Somos, ao mesmo tempo, parte e inteires. Sentimos a vida enquanto atravessamento incontornável e ilimitado, na sua abundância de manifestações infra e transpessoais, se estendendo para além e para aquém de nós. Amparo é, assim, aprender a receber. O encanto, por sua vez, vibra enquanto re-voo. Brilha lá onde descolamos dos mecanismos da identificação e do entendimento, e, por isso, também decolamos. Deixamos de nos confundir, experimentamos, nem que seja de relance, re-fundir: voltar a sintonizar com a faixa de frequência na qual sabemos-nos amálgama, sabemos-nos cúmplices do mistério e o podemos sustentar sem pressa nem desejos de desvendamento ou pacificação. A faixa de frequência na qual nos apropriamos plenamente das consequências de ser parte-tode: de estarmos visceralmente implicades, em tudo o que há e em tudo o que se dá. Encanto é, assim, aprender a retribuir. Dando continuidade à pesquisa da re-membração enquanto gesto de despactuação com o Irreparável, a Escola do Reparar 2022 convida a uma jornada experiencial e experimental pelas diferentes modulações sentidas do Irreparável - seja enquanto dano e saque estrutural, que é preciso inaceitar radicalmente, descontinuar; seja enquanto dimensão não apreensível, desconhecida e desconhecível, que comparece junto a cada acontecimento, e que porta ares e moléculas de outros mundos possíveis. Porta antídotos. A fim de pesquisar modos para reencontrar as experiências encarnadas e sentidas do amparo e do encanto, propomos percorrer demoradamente três fases do processo de re-membração: a manifestação, o acesso e o re-conhecimento. E aprender as suas três táticas de reparação: a involução, a (des)integração e a renunciação. Percorrendo esse caminho, vamos operando a re-membração, tanto enquanto rememoração - reagregação no presente de espaços-tempos ancestrais e futuros-, quanto enquanto remembramento - um voltar a unir o que a cisão (pós)moderna insiste em separar, fragmentar e desligar - e, assim, também alienar e anestesiar. Propomos um programa continuado, que se desenrolará ao longo de todo o ano para, juntes, (des)dobrarmos estas questões, acreditando que sintonizar com a inseparabilidade ao nível do Soma e da Terra é imprescindível para dar corpo de sustentação a um posicionamento político consistente de descontinuação das lógicas de dívida e dúvida que, consecutivamente, vêm corrompendo a nossa relação com a dádiva e reiterando as lógicas usurpatórias de um Irreparável hegemónico e estrutural. Entre abril e dezembro, entre Portugal e Brasil, entre os formatos presencial e online, a Escola do Reparar 2022 percorrerá quatro programas. Começaremos pelo hANDling , um programa dedicado a oferecer e a manusear - a (re)incorporar através do uso contínuo - as ferramentas de que dispomos no AND Lab: o Modo Operativo AND e as práticas corporais e de cuidado do Coletivo AND (abril a julho). A seguir, no programa stANDing , partilharemos as novas ferramentas que andam a surgir no plano das nossas investigações-criações em processo, em workshops dedicados às três diretrizes do AND Lab: o AND Soma, o AND Terra e o AND Cuidado (setembro). Então, já suficientemente pré-parades, entraremos mais frontalmente na questão-tema do ano, em dois programas: nos Estudos Indóceis (outubro) faremos uma aproximação, em modo grupo de estudos, às ferramentas-conceito da re-membração, do amparo e do encanto; e no LANDscape (novembro), mergulharemos num curso-retiro intensivo inteiramente dedicado a (des)dobrá-las de modo vivencial e em contato direto com a terra - no território-corpo e no corpo-território. A Escola do Reparar 2022 também trará, em paralelo, a possibilidade do público entrar em contato com o Modo Operativo AND através da websérie em três episódios Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparáveis , que será lançada em abril, juntamente com o nosso encontro público de abertura. Finalizaremos o ano com um encontro de balanço aberto a todes, no início de dezembro. Fernanda Eugenio Lisboa, março de 2022 ATIVIDADES ABERTAS NO MURAL DE EVENTOS PARA INSCRIÇÕES/INFORMAÇÕES [poderá sempre retornar a esta página ao longo da programação anual para acompanhar novidades: as novas atividades do calendário serão adicionadas à medida que tiverem as suas inscrições/informações disponíveis] Escola do Reparar 2022: Live de Abertura + Lançamento da Websérie "Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparráveis" 9 de abril de 2022 às 18:00:00 canal youtube andlab.reparar Gratuito | Transmissão ao vivo no canal youtube andlab.reparar +INFO/INSCRIÇÕES hANDling: série "Jogar, Mover, Conversar: Modo Operativo AND, Práticas Corporais e Cuidado" 14 de abril de 2022 às 19:00:00 zoom | comunidade-acervo (plataforma AND) Sessões online semanais às quintas-feiras | com Fernanda Eugenio, Milene Duenha, Pat Bergantin, Naiá Delion, Manoela Rangel e Ruan Rocha +INFO/INSCRIÇÕES hANDling: Oficina-Retiro de Introdução e Desdobramento do Modo Operativo AND 22 de julho de 2022 às 19:00:00 Trust Collective com Fernanda Eugenio +INFO/INSCRIÇÕES Estudos Indóceis + LANDscape: grupo de estudos praticados & curso-retiro imersivo 21 de outubro de 2022 às 15:00:00 Fazendinha (Guapimirim, Rio de Janeiro) Sobre o tema transversal da edição 2022: "Amparo e Encanto: Re-membração e Descontinuação do Irreparável" | com Fernanda Eugenio, Guto Macedo, Mariana Pimentel e Pat Bergantin +INFO/INSCRIÇÕES LANDscape [Brasil] | Escola do Reparar 2023 [Ed#4] 13 de janeiro de 2024 às 12:00:00 Fazendinha/Casa Amarela Módulo Final do 2º Semestre de 2023 | Curso-Retiro Imersivo de Aprofundamento do Modo Operativo AND + Práticas Político-Afetivas Encarnadas com as Ferramentas-Conceito Re-Pouso & Re-Voo | com Fernanda Eugenio & Coletivo AND +INFO/INSCRIÇÕES hANDling: Oficina de Introdução ao Modo Operativo AND 10 de abril de 2022 às 13:00:00 Penha Sco Arte Cooperativa com Fernanda Eugenio +INFO/INSCRIÇÕES hANDling: Oficina de Desdobramento do Modo Operativo AND 18 de junho de 2022 às 13:00:00 Prosa Plataforma Cultural com Fernanda Eugenio +INFO/INSCRIÇÕES Programa stANDing: AND Terra, AND Soma e AND Cuidado 24 de setembro de 2022 às 17:00:00 Plataforma Zoom Partilha de Investigações-Criações | Workshop Online - Práticas de: Re-mediação & MO_AND+Clínica-Cuidado | com Fernanda Eugenio, Iacã Macerata, Manoela Rangel, Pat Bergantin e Ruan Rocha +INFO/INSCRIÇÕES LANDscape: curso-retiro imersivo "Amparo & Encanto" 11 de novembro de 2022 às 15:00:00 Casa Gayatri | Ilhabela -SP-Brasil Modo Operativo AND + Práticas de Re-mediação | com Fernanda Eugenio e Pat Bergantin | módulo final da Escola do Reparar Ed#3 (2022) +INFO/INSCRIÇÕES Direção: Fernanda Eugenio Desenho, Curadoria e Formulação Conceitual: Fernanda Eugenio Equipa Pedagógica: Fernanda Eugenio, Guto Macedo, Iacã Macerata, Manoela Rangel, Mariana Pimentel, Milene Duenha, Naiá Delion, Pat Bergantin, Ruan Rocha Acompanhamento e Cuidado: Iacã Macerata e Ruan Rocha Interlocuções Convidadas: Ana Dinger, Soraya Jorge Design, Manutenção Plataforma Online e Gestão Administrativa: Alexandre Eugenio Produção: PatB & Coletivo AND Comunicação: PatB Documentação Audiovisual: Gabriela Jung Parcerias: Trust Collective, Penhasco Arte Cooperativa, Prosa Plataforma Cultural, Casa Amarela Guapimirim, Pés no Chão, Fundaci Apoio: Polo Cultural Gaivotas-Boavista, Câmara Municipal de Lisboa ANTERIOR PRÓXIMA
- Patrícia Araújo | Equipa & Colaboradores AND Lab
Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Patrícia Araújo Apoio à Documentação Audiovisual Patrícia Araujo é artista visual, professora, yogui e mestre em Artes Visuais pela ECA-USP. Pesquisa modos e estratégias para desprogramar corpomente de lógicas que servem ao biopoder. Em suas práticas artísticas e acadêmicas promove diálogos entre dimensões íntimas e políticas na elaboração de trabalhos que propõem jogos, encontros, performances e criação em audiovisual. Utiliza ferramentas da yoga aliada a saberes em torno dos cinco elementos da natureza - água, terra, ar, éter, fogo - como campo de pesquisa para traduções e invenção de saberes capazes de atualizar e reestabelecer afetos ancorados em práticas de cuidado e presença. Atua como videomaker na sua produtora Aterro e é docente no curso de Bacharelado em Audiovisual do Senac-SP. Colabora com o AND Lab desde 2021, na criação de artefatos em vídeo, como a websérie Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparáveis e, atualmente, as séries de vídeos-para-web 'Por Dentro do AND Lab', 'Por Dentro do Modo Operativo AND' e 'AND Nós'. Nasceu em Fortaleza, Ceará e vive em São Paulo desde 2009. < Anterior Próxima >
- Angela Guerreiro | Equipa & Colaboradores AND Lab
Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Angela Guerreiro Colaboração através do Programa Fazer Comum Angela Guerreiro é afro-descendente, mãe, artista independente, coreógrafa, intérprete, mentora, curadora de festivais e conferências. Nasceu em Lisboa em 1965, viveu na Alemanha de 1994 a 2021 e reside actualmente em Portugal. Formou-se em dança clássica de acordo com o sistema da Royal Academy of Dance (1975-86), estudou na Escola Superior de Dança, em Lisboa (1986-89) e no Center of New Dance Development in Arnhem (1989-91). Tem o mestrado em Terapia da Dança e do Movimento (2015), formação em Moving Cycle, uma psicoterapia centrada no corpo (2015), Terapeuta de Relaxamento (Autogenes Training e Progressive Muscle Relaxation). Uma Dynamic Embodiment Practitioner (DEP), formada pelo programa Somatic Movement Therapy Training (DE-SMTT), em 2019. Iniciou BaBoMiDa - Baby BodyMind Dancing™, um ramo do programa BodyMind Dancing™, o sistema de dança somático desenvolvido por Martha Eddy. É uma Educadora Registada do Movimento Somático (RSME) - ISMETA. Em Portugal, fez carreira como intérprete da Companhia RE.Al de João Fiadeiro de 1991 a 1994. Na Alemanha, inicia a sua carreira como coreógrafa residente no Kampnagel Hamburg de 1995 a 2002, as suas criações fazem um circuito internacional de festivais de dança e teatro. De 2003 a 2005 produziu e dirigiu as suas criações 'Exposure', e 'Memory Play’, dois solos apresentados no espaço independente Hamburger Botschaft. De 2006 a 2008, dirigiu a Associação de Teatro e Dança de Hamburgo (Dachverband Freier Theaterschaffender Hamburg e.V.). Em 2005, inicia, dirige e produz o festival internacional‚ DanceKiosk-Hamburg‘, incluindo na sua programação os criadores portugueses Paulo Castro (2005), Vania Gala (2006), Rogério Nuno Costa (2007), Joana Manaças and Rita Omar (Dance Beyond Borders,2009), Teresa Ranieri (2010), Lander Patrick (2014), Henrique Antão (2015-16), Manuel Guerra (2016), e João Costa Espinho (2016). Produziu a 'Kiosk.Company', o projecto 'DanceKiosk. Goes Island’, a produção internacional 'Tracing Dance from Addis Ababa to Nairobi and Hamburg', o projecto internacional de educação da dança 'dance beyond borders' e o projecto sobre estratégias de sobrevivência do meio artístico da dança 'SURVIVING DANCE - Art - Economy - Politics'. Na revista DANÇA 2011 foi chamada uma das últimas activistas independentes da dança contemporânea . A TANZFONDS ERBE - Uma iniciativa da Fundação Cultural Federal Alemã apoiou o seu projecto 'The Live Legacy Project: Correspondences between German Contemporary Dance and the Judson Dance Theater Movement'. Em 2015, Angela Guerreiro participou no projecto 'The best. The worst. My everything!’. E o filme 'The Live Legacy Project - Film documentation', foi estreado no Tanzkongress Hannover 2016. De 2016-17, paralelamente ao seu trabalho artístico, trabalhou como terapeuta da dança e do movimento com crianças da Ucrânia, na Fundação Renate Szlovak. Em 2016, o festival ‚DanceKiosk-Hamburg_48 Hours Nomads’, foi criado nos espaços exteriores do Deichtorhallen Hamburg. Foi intérprete na produção ‚Faust‘ de Frank Castorf, na Volksbühne Berlin, em 2017. Mesmo ano em que recebeu o convite da DGArtes, para enquadrar a comissão de avaliação de dança de 2017. De 2019-20, trabalhou como coreógrafa e professora independente, em Munique. Lecionou workshops organizados pelo Instituto Pedagógico - Centro de Gestão Comunitária da Educação (Pädagogisches Institut-Zentrum für kommunales Bildungsmanagement) em colaboração com a escola Escola de integração vocacional (Berufsschule zur Berufsintegration). Deu aulas de movimento para crianças no Volkshochschule München. Em 2020, recebe apoio do departamento cultural de Munique para ‚WIR‘, uma documentação cinematográfica com adolescentes internacionais. E é-lhe atribuída uma bolsa de pesquisa para a investigação e criação da instalação 'Me and My White Skeleton’ sobre a presença de corpos negros na Europa. Em 2021, recebe financiamento para o projecto 'Digitizing the Archive from 1994-2016 - Angela Guerreiro Productions (AGP)‘, financiado pelo Comissário do Governo Federal para a Cultura e os Media no programa NEUSTART KULTUR, DIS-TANZEN programa de ajuda da Dachverband Tanz Deutschland (Organização Alemã da dança). Foi co-curadora do Festival Body IQ 2021, em Berlim. Integra a associação UNA - União Negra das Artes. FAZER COMUM é um programa de habitação do Espaço AND Lab, que tem como principal objetivo contribuir para a dinamização do tecido artístico e cultural de Lisboa, proporcionando espaço para trabalho, diálogo, encontro, pesquisa e partilha de práticas inseridas no âmbito de trabalho AND Lab - Arte, Política, Comunidade. São acolhidas práticas de (auto)cuidado e de expressão-criação extensivas, como aulas/sessões regulares, workshops pontuais e residências artísticas. Há também espaço para propostas de eventos tais como grupos de estudo, lançamentos de livros, conferências e palestras, reuniões e encontros, exposições e apresentações informais, entre outros. < Anterior Próxima >
- Oficinas-MO-AND
Programas do Modo Operativo AND | AND Lab Next COMO? (MO_AND ) ANTERIOR PRÓXIMA páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum Oficinas do Modo Operativo AND Fernanda Eugenio O AND Lab oferece oficinas de transmissão e partilha do Modo Operativo AND, com Fernanda Eugenio, em três modalidades regulares: Oficina Intensiva de Introdução ao MO_AND Oficina Extensiva de Desdobramento do MO_AND Oficina Extensiva de Aprofundamento do MO_AND Há ainda uma modalidade aplicada/temática, com formato flexível – as Oficinas Situadas do MO_AND . Através de exercícios práticos que põem num mesmo plano o pensar e o fazer, o Modo Operativo AND permite a investigação direta e experiencial dos mecanismos singulares e coletivos da convivência , propondo ferramentas concretas para potenciar processos de colaboração, co-aprendizagem e negociação da convivência. Nomeadamente, permite perceber padrões comportamentais e tendências relacionais , contribuindo para o desenvolvimento de capacidades de auto-regulação emocional, de auto-gestão da atenção (seleção, focalização e coordenação dos estímulos), e de consequentes tomadas de decisão e respetiva performação . No âmbito das oficinas, a interface ‘jogo de tabuleiro’ é aquela que serve de base à partilha, a seguir desdobrada em diferentes exercícios mais complexos, com diferentes escalas, no estúdio ou na em espaço exterior, a depender do grupo e da duração do encontro. Neste jogo não há regras preestabelecidas mas sim regras imanentes, que emergem do próprio jogar, ou seja, do co-posicionamento e da co-responsabilização de quem participa. Através de um trabalho de dobra-e-desdobra e de manuseamento direto da materialidade dos acontecimentos, é possível ‘pensar com as mãos’, corporificando as questões da convivência, da sustentabilidade, da criatividade, da empatia/sintonia, da disponibilidade à diferença e da reciprocidade. Nas diferentes modalidades das Oficinas MO_AND, os exercícios permitem que pessoas participantes com os mais diversos interesses e perfis – provenientes de qualquer área, tendo ou não contato prévio entre si ou com o MO_AND – possam partilhar um mesmo plano de inquietação, experimentando de modo vivencial e coletivo as questões ético-políticas e afetivas implicadas na construção co-responsiva do comum e na sustentação de vínculos de reciprocidade . As Oficinas MO_AND são realizadas no AND Lab Portugal, nos nossos núcleos locais no Brasil ou em Espanha, ou, ainda, em circulação (inter)nacional a convite de diferentes estruturas e grupos , inseridas em festivais, programas universitários ou programações promovidas por centros culturais, museus, coletivos, ONGs, etc. No âmbito da nossa programação, as Oficinas MO_AND integram a cada ano os diferentes programas da Escola do Reparar , nomeadamente o circuito anual hANDling e o curso LANDscape. Ainda, através do sistema de marcações online do programa hANDling , é possível solicitar oficinas desenhadas à medida para uma pessoa ou grupo, assim como sessões avulsas de prática, individuais ou coletivas . OFICINA INTENSIVA DE INTRODUÇÃO AO MO_AND (duas sessões de 4-5h cada; carga horária total de 8-10h) Nesta oficina intensiva, geralmente realizada aos fins-de-semana para facilitar o acesso a um perfil mais alargado de pessoas, a proposta é dar a conhecer e praticar a filosofia habitada do Modo Operativo AND para o pensar-fazer da convivência, dos funcionamentos da Relação e do Acontecimento, através da partilha do conjunto-base das ferramentas-conceito que compõem o Vocabulário AND e do (contra)dispositivo de um ‘jogo de tabuleiro’ com regras imanentes – o Jogo das Perguntas QUÊ-COMO-QUANDO-ONDE. As ferramentas são exploradas na sua transversalidade, evidenciando-se a sua pertinência nas mais variadas formas relacionais, situações da vida e campos profissionais. Esta oficina é aberta à participação de qualquer pessoa, sem pré-requisitos. OFICINA EXTENSIVA DE DESDOBRAMENTO DO MO_AND (cinco sessões de 6h cada OU dez sessões pós-laborais de 3h cada; carga horária total de 30h) Esta oficina extensiva oferece um contato prático-teórico complexo com o Modo Operativo AND, abordando os jogos de Zona de Interferência e os jogos de Zona de Transferência. O (contra)dispositivo inicial do Jogo das Perguntas QUÊ-COMO-QUANDO-ONDE é desdobrado em diferentes variações de maximização/menorização do (in)visível e redução/ampliação do espaço-tempo, percorrendo as escalas relacionais do entre-si e do entre-2 (intimidade), do entre-nós (comunidade) e do entre-muites (sociedade) e introduzindo a questão da circunscrição do afeto individual e coletivo, através de um outro conjunto de exercícios: os Jogos ISTO-ISSO-ISTO, que permitem esmiuçar o percurso que vai da formulação à ‘per-formação’ de um acontecimento. Oferecendo a possibilidade de ir-e-vir entre diferentes cortes fractais – do menor que nós ao maior que nós, do dentro ao fora, do estúdio ao cotidiano, da situação coletiva à íntima/individual – esta prática extensiva do MO_AND vai permitindo às pessoas participantes apropriarem-se de uma sensibilidade fractal e corporificarem uma ética de reciprocidade e suficiência, tanto consigo própries quanto ao modo como se posicionam em relação. Esta oficina não tem pré-requisitos e permite a participação de qualquer pessoa, embora se dirija preferencialmente a pessoas que já tenham tido contato prévio com o MO_AND. OFICINA EXTENSIVA DE APROFUNDAMENTO DO MO_AND (cinco sessões de 6h cada OU dez sessões pós-laborais de 3h cada; carga horária total de 30h) Nesta oficina extensiva, são partilhados e praticados os jogos da Zona de Cuidado-Curadoria, que tomam como zona de atenção o território-corpo e o corpo-território. Entrando numa dimensão mais diretamente somático-política do trabalho, são abordados diagramas e ferramentas conceituais do MO_AND que incidem especificamente na dobra entre o íntimo e o político. O foco recai sobre a articulação entre o plano diminuto da auto-etnografia e o plano consequente da trans-forma-ação social por microdissidência. São desdobradas dimensões outras implicadas na passagem, proposta e trabalhada transversalmente pelo MO_AND, da composição à posição-com e à com-posição, nomeadamente as relações entre de-composição e re-posição e entre dis-posição e re-composição. Esta oficina é aberta somente a pessoas já praticantes do MO_AND, que tenham participado em oficinas anteriores e/ou em pelo menos um laboratório ou escola AND. OFICINAS SITUADAS DO MODO OPERATIVO AND (formatos e cargas horárias variáveis) Estas oficinas são desenhadas à medida de públicos específicos (crianças e jovens; seniores; famílias; professores, terapeutas e outres mediadores; coletivos ou equipas profissionais de diferentes áreas, etc.) e/ou moduladas contextualmente para entrar em conversa e estudar concretamente aplicações práticas do MO_AND a questões-problemas singulares pertinentes em diferentes dimensões da vida (relações amorosas; relações de colaboração; criação artística; usos políticos e sociais, etc.). Assumindo formatos e cargas horárias flexíveis (intensivos a partir de 3h; extensivos a partir de 9h), as oficinas situadas são oferecidas periodicamente no âmbito da nossa programação ou criadas e organizadas sob demanda, disponíveis em permanência para difusão. QUANDO-ONDE? Opções disponíveis e histórico deste Programa no Calendário de Eventos & Agendamentos VER A PROGRAMAÇÃO DO CALENDÁRIO Close SOLICITAR OFICINA OU SESSÃO DE JOGO Close SOLICITAR RESIDÊNCIA ASSISTIDA Close VER EVENTOS ABERTOS 'AND TODES' Close Eventos atuais e/ou históricos relacionados no Calendário [se houver atividades atuais, elas aparecerão primeiro; rolar a lista para ver o histórico de atividades realizadas] NÃO HÁ EVENTOS ABERTOS A PÚBLICO RELACIONADOS A RESIDÊNCIAS NO CALENDÁRIO páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum ANTERIOR PRÓXIMA
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Programas de Artefatos | AND Lab Next COMO? (Artefatos ) ANTERIOR PRÓXIMA páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum Exposições-Ocupações Fernanda Eugenio Desde 2019 III Exposição-Ocupação AND Ninho e Bando Fernanda Eugenio & Coletivo AND + convidades 20 a 22 de setembro sexta 19 às 22h | sábado e domingo, 16 às 22h espaço alkantara | entrada livre Instalações: Ninho | videoperformances + proposições participativas Bando | performance duracional Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparáveis | objetos têxteis inspirados na série em vídeo homónima do AND Lab e no Modo Operativo AND) Lançamento: hANDbook (tradução para o inglês da Caixa Livro AND) +mostra de objetos gráficos do AND Lab e conversa Performances: Terceiro Corpo É um tipo de magia PROGRAMA 20 SET, sexta Exposição-Ocupação aberta à visitação das 19h às 22h 19h às 20h lançamento: hANDbook, tradução para o inglês da Caixa-Livro AND tradutores: Ana Dinger e José Roseira Edição: Fada Inflada 20h30 às 21h30 conversa: Modo Operativo AND, entre a investigação artística e as práticas de cuidado-curadoria de outros mundos possíveis com Ana Dinger, Fernanda Eugenio, Carlos Oliveira, Liliana Coutinho e Sílvia Pinto Coelho 21 SET, sábado Exposição-Ocupação aberta à visitação das 16h às 22h 16h às 16h45 Visita-guiada às instalações Ninho & Bando com Fernanda Eugenio (com tradução em LGP) 17h às 21h ativação duracional da instalação humana Bando com Fernanda Eugenio (direção, criação e performance), Ana Corrêa, Bernardo Chatillon, Constança Carvalho Homem, Dai, Henrique Antão, Manoela Rangel, Mariana Pimentel, Nadiana Carvalho (co-criação e performance); Maria Khadidja e Rodrigo Sonoro (paisagem sonora ao vivo) 21h30 às 22h Terceiro Corpo (excerto), performance de/com Mariana Pimentel 22 SET, domingo Exposição-Ocupação aberta à visitação das 16h às 22h 16h às 16h45 Visita-guiada à instalação têxtil Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparáveis com es criadores, estudantes recém-formades da Escola Artística António Arroio (com tradução em LGP) 17h às 21h ativação duracional da instalação humana Bando com Fernanda Eugenio, Ana Corrêa, Bernardo Chatillon, Constança Carvalho Homem, Dai, Henrique Antão, Manoela Rangel, Mariana Pimentel, Nadiana Carvalho (co-criação e performance); Maria Khadidja e Rodrigo Sonoro (paisagem sonora ao vivo) 21h30 às 22h É um tipo de magia (excerto de O que já cá está), performance de/com Bernardo Chatillon APRESENTAÇÃO A Exposição-Ocupação AND traz a público uma paisagem instalativa-participativa multimodal, composta por objetos emergentes dos últimos dois anos de investigação continuada de Fernanda Eugenio & Coletivo AND no âmbito da Escola do Reparar , programa de pesquisa-criação e formação artístico-política do AND Lab. O AND Lab é uma plataforma artística multi/indisciplinada que atua no eixo Portugal/Brasil, com base em Lisboa desde 2011 e núcleos em diversos países. Dedica-se a investigar outras possíveis ecologias de coexistência-convivência a partir do re-conhecimento das bases irreparáveis do mundo-tal-como-o-conhecemos, do exercício da responsabilidade-cuidado, e da interrogação sobre a contribuição das artes para políticas de reparação e modos de vida mais recíprocos e justos. As práticas são alicerçadas pelo Modo Operativo AND , metodologia de composição ético-estética-somático-política para reparar (n)o Irreparável . Entre 2023 e 2024, a pesquisa dedicou-se a duas modulações do trabalho íntimo-coletivo da reparação: a re-membração ( rememoração da experiência sensível da inseparabilidade e re-membramento de realidades vitais) e a restauração ( rest : descanso profundo, entrega e rendição; e re-story-action : auto-reparação de ilusões biográficas enquanto investimento microscópico e situado na reparação histórica). Empenhada na criação de experiências-antídoto para os atuais afetos pervasivos-invasivos de desamparo e desencanto manifestos no esgotamento e no embotamento das sensibilidades contemporâneas, a pesquisa Rituais de Amparo & Encanto conduziu à experimentação de e com os estados de re-pouso e ninho , por um lado, e de re-voo e bando , por outro, procurando vias para desaprender mecanismos sistémicos arraigados e reconectar com sabedorias encarnadas. Convidamos a adentrar esta paisagem de questões a partir das instalações NINHO , que reúne videoperformances e proposições de artistas do Coletivo AND baseades no Brasil; BANDO , que ativa duracionalmente a prática-jogo ANDbodiment com membres do Coletivo AND residentes em Portugal e artistas convidades; e Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparáveis, que apresenta objetos têxteis criados por estudantes da Escola Artística António Arroio inspirades na série em vídeo homónima do AND Lab. A exposição inclui ainda o lançamento do hANDbook , tradução para o inglês da Caixa-Livro AND, acompanhado por uma mostra de objetos gráficos do AND Lab e conversa com interlocutores convidades, e as performances Terceiro Corpo e É um tipo de magia , ambas criadas em relação com a ética e as práticas do Modo Operativo AND. Fernanda Eugenio, setembro de 2024 AS PROPOSTAS Ninho Instalação video+materiais. 12 videoperformances, distribuídas em 6 dípticos, aos quais correspondem 6 proposições participativas que o público é convidade a experimentar/ativar in situ direção artística: Fernanda Eugenio co-criação e performance des integrantes do Coletivo AND Guto Macedo, Manoela Rangel, Mariana Pimentel, Milene Duenha, Pat Bergantin e Naiá Delion Durante o ano de 2023, seis artistas do Coletivo AND baseades no Brasil receberam uma bolsa de criação para pesquisar, na matéria de suas próprias vidas e práticas, a relação-tensão desamparo/amparo e a habitação prolongada do estado de re-pouso e ninho. A partir de uma auto-proposição emergente, desdobraram uma via (re)encantada para passar ao estado de re-voo e bando. A documentação dessas ações experimentais serviu de base à criação de um díptico em vídeo que sintetiza o processo vivido. Cada díptico é acompanhado de uma proposta que convida o público a experimentar/ativar in situ as ações de cada artista. Dípticos + Proposições: Arvorar-se Guto Macedo Vídeo 1: 5'26" Vídeo 2: 1'13" Concepção e performance: Guto MacedoCaptação de imagens e edição de vídeo: Gabi JungPaisagem sonora: Gabi Jung Gravação áudio: Heleno Hauer Do-posicionar sabedoria antiga, educação somática e recentes descobertas científicas de nosso tempo, fez emergir o programa meditativo/performativo ninho/bando “ARVORAR-SE” Abóbada celeste, copa de árvore, abraço vegetal na biosfera, reluzindo um ninho cósmico. Vejo vários espécimes a respirar, pulsar e transmutar os elementos terra, água, fogo, ar e éter em matéria e energia vital. Aproximo-me em consciência de simples presença sensorial. Percebo um mosaico de cores, sons, texturas e cheiros. Sinto-me abraçado e abraço. Recebo galhos e seiva oleosa nos poros da minha pele e meu corpo se expande. Minhas pernas e pés buscam a terra, meus braços e mãos o ar. Meu coração encandeia, meu peito se abre pulsando o fogo universal. Dentro de mim evolui o espaço, o oco de mim. Arvoro-me! A árvore evolui o espaço! Giro em torno de meu eixo e meus tentáculos moventes ancoram meu ser. Sinto leveza e em espírito re-voo! Corpo-abrigo|Corpo-tentáculo Naiá Delion Vídeo 1: 6'15" Vídeo 2: 8'20" Concepção e performance: Naiá Delion Captação de Imagens e Montagem: Alexandre Lima Erguer paredes de pele com o chão, abrigar-se dentro delas. Empurrando a pele para fora, fazer tentáculos de atravessar paredes. Corpo-abrigo|corpo-tentáculo convoca, através de proposições a serem sorteadas, uma experiência de passagem de um estado de permanência e aconchego a um estado de fluxo e prontidão. Permanecer e depois ir. Em bando. De coração lavado Mariana Pimentel Vídeo 1: 8' Criação e performance: Mariana Pimentel Colaboração artística: Milene Duenha e Letícia Sekito Direção, montagem e trilha sonora: Fabiano Araruna Direção de fotografia e captação de imagens: Júlio Martins Video 2: 10'29" Concepção e performance: Mariana Pimentel Direção, captação de imagens e trilha sonora: Marcelo Sena Montagem e edição de vídeo: Filipe Marcena Figurino: Natália Borges/Urd Atelier Agradecimentos: Cia. Etc, Iara Campos, Mauro Fernandes e Rapha Santacruz Roçar, despedaçar, dilacerar, lavar. É tempo de trocar de pele. Por meio da insistência gestual, a ação transforma-se em descoberta e ritual. Em terra roxo-avermelhada, não há pressa. O corpo quer abrir uma fissura e suspender o tempo para dar passagem para as dores ampararem-se. Ficar com o coração na mão. Deixar o coração sair pela boca. Carne estraçalhada. Sangue pisado. Quase-vida na quase-morte. As ruas vazias estão cheias. A expansão é tanta que o corpo suspende, pára, paralisa. Como num sonho, corre sem sair do lugar na tentativa de suspender a aceleração da vida para re-encantar os desejos no portal do carnaval. De-vir Milene Duenha Vídeo 1: 4'26" Vídeo 2: 5'26" Concepção e performance: Milene Duenha Edição de vídeo: Luques Oliveira Paisagem sonora: Cleber Pimenta Captação de Imagens: Cezar Bueno, Cleber Pimenta e Milene Duenha Fazer ninho com os avessos que nos fazem corpo. Encorajar nas dores e no pulsar do mundo. Firmar na alegria das coisas. Ninar-se no movimento da inclinação axial da Terra. Buscar impulsos e planagens, pulso de vida e horizontes. De-vir. Essa proposição é resultante de experimentações, em um recorte de vida, dos encantos-ninhos que o mundo e o corpo podem ser. As gravações foram realizadas em duas ilhas na região sul do Brasil, lugar onde se encontrou ouro pela primeira vez. Do lago, rio Pat Bergantin Vídeo 1: 4'30" Vídeo 2: 2' Concepção e performance: Pat Bergantin Captação: Biel BasileMontagem: Pat Bergantin Estes vídeos foram criados durante o processo de gestação e puerpério da artista, coincidindo com a pesquisa de Amparo e Encanto no âmbito do AND Lab. Através do corpo-água; líquido amniótico e leite, casa e nutrição, foram experimentados modos de amparar-se ao ser amparo de outra vida e de encantar-se pela magia dos fluidos, desde os afluentes do peito até o vulcão que dá passagem ao fluxo. Gravitar Manoela Rangel Video 1: 8' Video 2: 5' Concepção e performance: Manoela Rangel Captação e montagem: Zé Paiva Repousar enquanto se voa. Voar enquanto se repousa. É uma conversa gravitacional. A gravidade é quem sabe. Durante a licenciatura em Teatro, incomodava-me a orientação psicologizante dos métodos de interpretação. Busquei então o Circo. Foi na prática dos aéreos que encontrei o repouso da mente, enquanto o corpo tomava decisões radicais. E quando a mente atravessava (e atrapalhava) o trilho do movimento, aprendi a perguntar para a gravidade qual era o caminho mais justo a seguir. Dar passagem para a revoada tomar corpo, ser revoada enquanto suspensa, ser cuidada enquanto levada. Despistar a ilusão do tempo, lá no encontro encantado em/com a suspensão. Bando Instalação humana. Performance duracional e paisagem sonora, recriadas ao vivo a cada vez, que o público é convidade a experimentar enquanto testemunha e/ou participante direção artística: Fernanda Eugenio co-criação e performance des integrantes do Coletivo AND Ana Corrêa, Bernardo Chatillon, Constança Carvalho Homem, Dai, Fernanda Eugenio, Henrique Antão, Manoela Rangel, Mariana Pimentel e da artista residente (abr-set 2024) Nadiana Carvalho paisagem sonora original: Maria Khadidja e Rodrigo Sonoro Ao longo de 2024, Fernanda Eugenio e um conjunto de artistas do Coletivo AND residente em Portugal dedicaram-se a pesquisar a operacionalidade do amparo e do encanto a partir da prática de ANDbodiment, uma das modalidades de jogo do Modo Operativo AND. Esta prática é composta por duas posições na relação: o corpo-território , que exercita o re-pouso, o deixar-se amparar e o testemunho de um processo interno de decomposição sensorial, e o cuidado-curadoria , que se coloca ao serviço do re-voo e de facilitar a manifestação do encanto, cuidando da passagem entre o invisível e o visível. Experimenta-se dar corpo transitório - matérico e imagético - às forças (in)visíveis, porém sensíveis, que (re)compõem e/ou atravessam cada Soma dentro do jogo (e à potência de Bando intra e entre-Somas). Isto é feito a partir do exercício ético do cuidado ao nível da sensopercepção, e da prática de inseparar pessoas dos rastos e restos irreparáveis que as sociedades-naturezas humanas têm deixado no mundo. Em trânsito, ocorre a comparência efémera de seres (extra)ordinários, dando acesso fugaz à multidimensionalidade do real. Enquanto performance duracional, esta versão de ANDbodiment assume-se como instalação feita do encontro (ao) vivo entre humanes e tralhas - a coleção de Irreparáveis do AND Lab - e inclui ainda outras duas posições em jogo dedicadas ao cuidado da sustentação e da trans-forma-ação do campo energético comum: uma, atuante no manuseamento e re-orientação das matérias residuais de cada ciclo do jogo, e a outra na composição-em-ato de uma paisagem sonora envolvente. O público é livre de testemunhar este processo ininterrupto e espiralado e/ou de tomar parte, ocupando uma das posições em jogo. Modus Operandi AND | The hANDbook Lançamento da tradução para o inglês da Caixa-Livro AND + mostra de objetos gráficos do AND Lab e conversa com Fernanda Eugenio, Ana Dinger, Sílvia Pinto Coelho, Liliana Coutinho e Carlos Oliveira Textos, Diagramas, Ferramentas-Conceito e Proposições-Jogo: Fernanda Eugenio ou outres colaboradores creditades Desenho Editorial: Ana Dinger, Fernanda Eugenio, Fada inflada Coordenação Editorial: Ana Dinger Design Gráfico: Fada inflada Tradução e Revisão: Ana Dinger e José Roseira Imagens: Acervo AND Lab ou outres colaboradores creditades Realização e Publicação: AND Lab e Fada inflada Impressão: Maiadouro Apoio: República Portuguesa - Cultura / Direção Geral das Artes Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparáveis Instalação têxtil inspirada na série homônima do AND Lab, criada em 2021/22 para apresentar o Modo Operativo AND em 3 episódios criação: Andreia Mestre, Assunção Gonçalves, Madalena Carvalheira, Madalena Sousa, Maria Santos, Marta Nunes, Mateus Dias, Matilde Rodrigues, Pedro Rodrigues, Raquel Fonseca, Tatiana Wang, estudantes finalistas 2023/24 em Artes Têxteis da Escola Artística António Arroio orientação: professores Andreia de Sá, Nuno do Carmo e Orenzio Santi; Acompanhamento MO_AND de/com Fernanda Eugenio, no quadro do programa AND Todes Jovens. "O que podem as artes têxteis enquanto ferramentas de re-agregação e reencontro da integridade/unidade, frente aos tempos de fragmentação, indiferença e não-escuta que ocorrem, manifestos na contemporânea proliferação de discursos de ódio?" A partir desta pergunta-provocação, ofertada por Fernanda Eugenio à turma de finalistas em Artes Têxteis 2023/24 da Escola Artística António Arroio, juntamente com sessões de jogo do Modo Operativo AND e acesso à série em vídeo Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparáveis, criada pelo AND Lab em 2021/22, cada estudante escolheu uma faceta social/política irreparável do mundo contemporáneo para abordar na criação do seu trabalho de conclusão de curso. O resultado é uma instalação composta por 11 objetos têxteis, cuja criação foi orientada pelos professores Andreia de Sá, Nuno do Carmo e Orenzio Santi. Terceiro Corpo performance (excerto) Mariana Pimentel Duração: 30-40 min direção, criação, interpretação e produção: Mariana Pimentel direção e desenho de luz: Karina Figueiredo direção de movimento: Alexandre Américo acompanhamento dramatúrgico: Alexandre Américo e Rita Sousa Mendes trilha sonora original: Tiago Portella Otto figurino: Lucas Koester e Natália Borges /Urd Atelier cenografia: Natália Borges e Mariana Pimentel apoio na pesquisa: Aliã Wamiri Guajajara e Nathan Gomes visualidade: Pedro Vitu grafismo: Maria Antonia Queiroz fotografia: Carol Pires e Raquel Pimentel Estar em trânsito, no entre, no entremeio, na instabilidade. O despir das alegorias como retomada. Ritualizar um reconhecimento, uma revelação. Lidar, mesmo que tardiamente, com a identidade-colagem que me constitui, com a coragem de assumir a mestiçagem violenta da qual sou herdeira, enquanto uma mulher brasileira no terceiro mundo. Inspirando-me na personagem Moema, do clássico da literatura invasora "Caramuru: poema épico do descobrimento da Bahia" (1829), relaciono-me com minhas perguntas ancestrais a partir das perspectivas do corpo-território, da regeneração e do ecofeminismo. Minha avó se chamava Moema, minha mãe se chama Moema e Moema quase foi o meu nome. Moema é considerada como um símbolo de uma mulher heróica, destemida e persistente, por nadar até a morte em direção à caravela do seu amado Diogo Álvares, o Caramuru, enquanto ele partia de volta à Portugal, levando consigo a sua irmã, Paraguaçu. Caramuru manteve relações amorosas com as duas irmãs, elegendo uma delas para casar-se consigo em Portugal. Tal narrativa é abordada como se Moema tivesse nadado até a morte pelo amor não correspondido de Caramuru. Mas…por que não desconstruir a narrativa hegemônica de que Moema morreu afogada por estar em busca de Caramuru, e não pelo fato da sua irmã estar sendo levada por ele para outro continente? Por que não pensar que Moema morreu afogada por estar em busca da sua irmã e não por um amor romântico ao homem branco europeu? É um tipo de magia performance (excerto) Bernardo Chatillon Duração: 30min conceito, coreografia e interpretação: Bernardo Chatillon apoio dramatúrgico: Fernanda Eugenio direção de produção: Cláudia Teixeira difusão: Produção d'Fusão apoio à criação: Fundação GDA residências de criação: Trust Collective, Citemor - Festival Montemor-o-Velho, O Espaço do Tempo Excerto da peça O que já cá está, estreada em 2023. Experimenta com o mecanismo da narrativa a partir da ideia de uma dança pós-texto, para possibilitar o encontro (im)possível do passado com o futuro, do visível com o invisível e do conhecido com o desconhecido. Na atmosfera do momento presente, algo da ordem das forças se vai revelando. Uma espécie de conto, um portal que se abre a partir de uma experiência de pesca. FICHA TÉCNICA GERAL Criação, Curadoria e Direção: Fernanda Eugenio Assistência: Henrique Antão Co-criação e (video)performance (Ninho & Bando): Ana Corrêa, Bernardo Chatillon, Constança Carvalho Homem, Dai, Fernanda Eugenio, Guto Macedo, Henrique Antão, Manoela Rangel, Mariana Pimentel, Milene Duenha, Nadiana Carvalho, Naiá Delion, Pat Bergantin Paisagem sonora (Bando) : Maria Khadidja e Rodrigo Sonoro Criação (Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparáveis) : Andreia Mestre, Assunção Gonçalves, Madalena Carvalheira, Madalena Sousa, Maria Santos, Marta Nunes, Mateus Dias, Matilde Rodrigues, Pedro Rodrigues, Raquel Fonseca, Tatiana Wang, estudantes finalistas 2023/24 em Artes Têxteis da Escola Artística António Arroio Orientação (Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparáveis) : Andreia de Sá, Nuno do Carmo e Orenzio Santi (professores); Fernanda Eugenio (acompanhamento) Interlocutores convidades (lançamento hANDbook e conversa) : Ana Dinger, Carlos Oliveira, Liliana Coutinho, Sílvia Pinto Coelho Visitas-guiadas: Fernanda Eugenio e Coletivo AND; estudantes e professores Escola Artística António Arroio Tradução em LGP: Deolinda Grilo Grafismo: Alexandre Eugenio Registo audiovisual: Gabriela Jung (Brasil) e Inês T.Alves (Portugal) Fotografia: Raquel Pimentel Produção e Comunicação: Luís Fernandes Gestão: Rita Maia Residências de Investigação-Criação: Casa Amarela (Guapimirim, Rio de Janeiro); Espaço AND Lab (Lisboa); Trust Collective (Barril de Alva) Acolhimento: espaço alkantara Patrocinador vinho: Casa de Mouraz Agradecimentos: Conservatório de Música de Sintra; Laboratório Apoio: República Portuguesa - Cultura / Direção Geral das Artes; Polo Cultural Gaivotas-Boavista / CML Classificação etária: M/16 anos Acessibilidade: Tradução em LGP disponíveis nas sessões de visitas-guiadas indicadas no programa. Com a excepção da instalação Ninho, o programa é acessível para pessoas com mobilidade condicionada. AVISO: Durante o evento, haverá recolha de imagens para fins de registo, documentação e divulgação do projeto. Um pouco da história das Exposições-Ocupações Tornando acessível aquilo que normalmente está nos bastidores como os meandros da pesquisa artística, a dimensão de montagem e desmontagem de uma exposição , a presença constante dos corpos, agentes humanes e não-humanes que compõem e produzem esse enquadramento espácio-temporal, as exposições-ocupações se propuseram enquanto exploração das modulações do encontro em situação . Agregando um conjunto variado de contribuições, a proposta tinha sobretudo a intenção de permitir uma progressiva habitação do espaço, com restos, rastros e traços dos processos que ali iam sendo vividos, das investigações-criações in situ e das insuspeitas possibilidades de reunião que um ambiente mobilizado, ao mesmo tempo, pela presença constante e pelas portas abertas pode oferecer - eventualmente vindo a se proliferar no entorno geográfico e social envolvente aos espaços de acolhimento. A iniciativa teve início em 2019 , em duas edições (a primeira em abril, no Mira Artes Performativas, Porto; e a segunda em dezembro, no RuadasGaivotas6, Lisboa) . Ambas se deram no âmbito do projeto anual "Do Irreparável: o que pode uma ética de reparação?", com o apoio da República Portuguesa - Direção Geral das Artes . Enquanto jornada encarnada que abraçava as dimensões afetivas, singulares e coletivas, mobilizadas ante a (ir)reparabilidade do mundo, o projeto convidou ao plano das exposições-ocupações um conjunto diverso de (contra)dispositivos relacionais, tais como jogos-conversa, pesquisa-criação aberta, oficinas e performances situadas, tudo com a curadoria de Fernanda Eugenio e Ana Dinger. No âmbito das exposições-ocupação, além de muita prática do MO_AND e da continuada pesquisa in situ do Irreparável, emergiram as vídeo-instalações O que fazem as mãos enquanto fazemos com elas + Gestos (ir)reparáveis (de Andrea Capella em colaboração com Fernanda Eugenio); uma estrutura móvel para o Jogo AND e transporte/exposição do acervo de tralhas (pelo Coletivo Gato Morto); a criação do Metálogo #6 , entre o passado e o futuro (por Ana Dinger); a criação de Cidades de Vapor, edição #Saigão (por Fernanda Eugenio e Gustavo Ciríaco) e a criação de uma série de performances-para-a-câmera das Práticas de Des-imunização (por Fernanda Eugenio e Dani d'Emilia). Uma estação com objetos-síntese da pesquisa do/com o MO_AND foi sendo gestada - e proliferada - de uma exposição para outra, além da Caixa-Livro AND, que teve o seu primeiro lançamento público em Portugal neste contexto. QUANDO-ONDE? Opções disponíveis e histórico deste Programa no Calendário de Eventos & Agendamentos VER A PROGRAMAÇÃO DO CALENDÁRIO Close VISITAR A NOSSA 'BANCA DE ARTEFATOS' Go Eventos atuais e/ou anteriores relacionados no Calendário [se houver atividades atuais, elas aparecerão primeiro; rolar a lista para ver o histórico de atividades realizadas] páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum ANTERIOR PRÓXIMA
- AND-Todes
Programas do Modo Operativo AND | AND Lab Next COMO? (MO_AND ) ANTERIOR PRÓXIMA páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum 'AND Todes' Multiplicação de Encontros com o MO_AND Fernanda Eugenio Programa de Multiplicação de Encontros com o MO_AND Atividades Gratuitas O AND Todes é um programa gratuito voltado a promover a inclusão, a multiplicação do acesso e a multiplicidade de interlocuções do Modo Operativo AND. Com diferentes linhas disparadoras - para pessoas com deficiências; para crianças, jovens e seniores; para comunidades periféricas; para mediadores e famílias; para diferentes geografias e regiões - a intenção é oferecer sessões abertas de apresentação e partilha, que convidem toda a gente a experimentar o jogo AND. O Modo Operativo AND é uma ferramenta para a mediação do encontro que toma a forma de um jogo de tabuleiro, no qual qualquer pessoa pode participar. É uma prática de composição coletiva que assenta na escuta sensível às co-incidências entre o que acontece cá dentro e o que vai tomando corpo de situação e acontecimento partilhado. Através da interface de jogo, exercitamos o Reparar enquanto ética de cuidado do comum e podemos observar na prática as políticas, estratégias e padrões de convivência que emergem do modo como nos posicionamos no mundo, a cada gesto-jogada. O jogo é um ponto de partida para a reflexão coletiva sobre como operar as transformações que queremos para as nossas vidas e comunidades. AND TODES | TEMPORADA #2024 Fev-Jun | Set-Nov Atividades Gratuitas Sessões abertas de apresentação prática do MO_AND para diferentes públicos, faixas etárias e regiões do país Lisboa | Faro | Canas de Senhorim | Vila do Conde AND Todes | ciclo c.e.m. visita AND Lab, AND Lab visita cem 19 de fevereiro e 18 de março, 18h às 20h, Espaço AND Lab Caos-Cosmos: c.e.m. visita AND Lab com Isadora Dantas, Margarida Agostinho, Sofia Neuparth, Gonçalo Pires,Camila Soares, Pedro Manuel Domingos, Patrícia Barata, Coline Gras,Cristina Vilhena, Olga Miranda, Luz da Câmara, Bernardo RB 23 de abril, 14h às 18h, c.e.m. - centro em movimento Modo Operativo AND: AND Lab visita c.e.m. com Fernanda Eugenio e Ana Dinger Entrada livre mediante inscrição prévia. O ciclo c.e.m. visita AND Lab, AND Lab visita cem é uma edição especial do AND Todes que propõe um encontro entre jogos: a prática Caos-Cosmos e o Modo Operativo AND, numa série de 3 encontros, com entrada livre. Na primeira volta do ciclo, o c.e.m. - centro em movimento, visita o AND Lab, trazendo para jogo a proposta Caos-Cosmos, nos dias 19 de fevereiro e 18 de março, em dois encontros pós-laborais de 2h. Na segunda volta, o AND Lab visita o c.e.m. - centro em movimento, partilhando o Modo Operativo AND num encontro único de 4h, no dia 23 de abril. Mais sobre as práticas: Caos-Cosmos (título ainda provisório) é um trabalho poético de criação artística trans-contextual que tem convocado no c.e.m-centro em movimento encontros cadenciados. Estes ajuntamentos têm-se mantido abertos a quem quer experimentar as questões que se vão dando ao aparecer, no entanto existe um “coração” de corpos que insiste em adentrar este pensar-fazer que nutre as qualidades de existência que nos parece estarem a ser exigidas no agora-agora. Há uns anos apareceu a evidência de que “só o Corpo é que atravessa”, é esse atravessar que convidamos em Caos-Cosmos, atravessar em Corpês aquilo que nos habita, que nos assusta, que insiste em desfazer o mundo que conhecíamos antes, que tece universos desconhecidos, que nos lança em pertos-longes , dentros-foras , avançares-recuares, que não ressoam nas frequências que fomos reconhecendo como ajustadas. Outras temporalidades, outras diversidades, outras complexidades, outras ritmicidades, outros comportamentos... outros que se querem Outros... ininventariáveis. AND Todes | Bebés & Crianças 3 de março, domingo Com Naiá Delion e Flora Mariah 10 às 11h30 - bebés (0 a 3 anos) e cuidadores 14 às 15h30 - crianças (4 a 10 anos) e cuidadores Entrada livre mediante inscrição prévia. Este encontro é um convite para pensar-fazer o Modo Operativo AND na relação de cuidado com bebés e crianças. Na primeira parte do dia, dedicada a bebés de 0 a 3 anos, convidamos seus (suas) acompanhantes a reparar nos automatismos, expectativas e projeções e “lavar os olhos” para os pequenos-grandes acontecimentos, a partir de um espaço sensorial criado. No segundo período, convidamos crianças a partir dos 4 anos a brincar de relações! O que este objeto tem? Vamos reparar nas cores, tamanhos, formas e nos “convites” que cada objeto nos faz. Vamos experimentar também como eles se relacionam entre si e quantas possibilidades eles nos oferecem. Uma oportunidade para crianças e adultos para a (auto)percepção e a reflexão inter-geracional, sempre com muita brincadeira! O encontro será conduzido pelas integrantes do Coletivo AND Naiá Delion e Flora Mariah e é fruto da pesquisa de ambas, juntamente com Pat Bergantin, sobre as aplicações do MO_AND ao cuidado com a infância. AND Todes | Circulação Nacional Lisboa | Faro | Canas de Senhorim | Vila do Conde FARO (evento fechado para público escolar) 29 de fevereiro a 2 de março Modo Operativo AND, com Fernanda Eugenio e Ana Dinger sessões gratuitas do Modo Operativo AND para o público escolar e para o público em geral com Fernanda Eugenio e Ana Dinger Parceria: DeVIR-CAPa Programa: 29 Fevereiro (quinta), das 14h30 às 17h30, escolas 1 Março (quinta), das 14h30 às 17h30, escolas 2 Março (sábado), das 15h00 às 18h00, público em geral Espaço: CAPa - Centro de Artes Performativas do Algarve Morada: Rua Frei Lourenço de Santa Maria, nº 4 e 6, 8000-352 Faro, Portugal CANAS DE SENHORIM 23 de março, Casas do Visconde, 15h às 18h Modo Operativo AND, com Fernanda Eugenio Parceria: Amarelo Silvestre Entrada livre +informações sobre o 2º semestre em breve Ver o Calendário de Eventos Histórico | Temporada #2023 | Panorama QUANDO-ONDE? Opções disponíveis e histórico deste Programa no Calendário de Eventos & Agendamentos VER A PROGRAMAÇÃO DO CALENDÁRIO Close SOLICITAR OFICINA OU SESSÃO DE JOGO Close SOLICITAR RESIDÊNCIA ASSISTIDA Close VER EVENTOS ABERTOS 'AND TODES' Close Eventos atuais e/ou históricos relacionados no Calendário [se houver atividades atuais, elas aparecerão primeiro; rolar a lista para ver o histórico de atividades realizadas] NÃO HÁ EVENTOS ABERTOS A PÚBLICO RELACIONADOS A RESIDÊNCIAS NO CALENDÁRIO páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum ANTERIOR PRÓXIMA
- Suiá Ferlauto | Equipa & Colaboradores AND Lab
Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Suiá Ferlauto Colaboração através do Programa Fazer Comum Suiá Burger Ferlauto tem uma trajetória de 25 anos como artista, performer e educadora. Formada com Bacharelado em Educação Artística pela FAAP (São Paulo), mergulhou profundamente no estudo e na prática da dança e da consciência corporal através da abordagem Klauss Vianna. Como performer, colaborou consistentemente com criadores cuja pesquisa coreográfica se baseia no estudo dos elementos estruturais e dinâmicos da linguagem, na experimentação e pesquisa do movimento. Em Lisboa, foi integrante do PACAP#4 - Programa Avançado de Criação em Artes Performativas do Forum Dança. Atualmente estuda Educação Somática e Integração Funcional no Instituto Feldenkrais. FAZER COMUM é um programa de habitação do Espaço AND Lab, que tem como principal objetivo contribuir para a dinamização do tecido artístico e cultural de Lisboa, proporcionando espaço para trabalho, diálogo, encontro, pesquisa e partilha de práticas inseridas no âmbito de trabalho AND Lab - Arte, Política, Comunidade. São acolhidas práticas de (auto)cuidado e de expressão-criação extensivas, como aulas/sessões regulares, workshops pontuais e residências artísticas. Há também espaço para propostas de eventos tais como grupos de estudo, lançamentos de livros, conferências e palestras, reuniões e encontros, exposições e apresentações informais, entre outros. < Anterior Próxima >
- Henrique Antão | Equipa & Colaboradores AND Lab
Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Henrique Antão Participante do Coletivo AND Henrique Antão é artista, engenheiro, educador e investigador do movimento, do som e do corpo. O processo fisiológico do movimento embrionário e dos primeiros anos de vida surge na sua investigação enquanto ponto de encontro e de partida para questionamentos transversais à ecologia humana, movidos pela possibilidade de uma boa convivência. Da pesquisa experiencial em práticas de escuta sensorial em movimento, procura pensar contextos educativos que re-centrem a sensibilidade, o jogo e a criação artística enquanto forças motrizes de um bem-estar em transformação, apoiado numa ética reparativa das relações. Mestre em Engenharia Electrónica e Telecomunicações pela Universidade de Aveiro em parceria com a Technische Universität Hamburg (2014), prossegue a sua formação académica com frequências em estudos de som e imagem no mestrado Sound/Vision na Hamburg University of Applied Sciences (2017), estudos curatoriais e pensamento crítico com Prof. Dr. Bonaventure Soh Bejeng Ndikung no mestrado Spatial Strategies na Weißensee Academy of Art Berlin (2022) e completa recentemente uma formação profissional em Pedadogia Somática para a Infância e Adolescência, no programa C.A.R.E. pela Somatische Akademie Berlin (2023). Enquanto artista do som, teve a oportunidade de criar espaços sónicos para a conferência The Live Legacy Project: Correspondences between German Contemporary Dance and the Judson Dance Theater Movement (Düsseldorf 2014), DanceKiosk-Hamburg (2016), Ponderosa Unfestival (Brandenburg 2020), SAVVY Contemporary (Berlim 2020). Vive na Alemanha entre 2011 e 2023, onde tem a oportunidade de contactar e ressoar com o trabalho de professores, pensadores e artistas do movimento destacando Tex Hobijn, Pauline de Groot, Angela Guerreiro, Bernardo Chatillon, Eva Karczag, Ka Rustler, Adalisa Menghini, Bonnie Bainbridge Cohen, Trude Cone, Peter Pleyer, Sigal Zouk, Joy Mariama Smith e Mark Tompkins. Recém-volvido a Portugal, reside actualmente em Lisboa. Integra a equipa do AND Lab a partir de março de 2024, após alguns anos a seguir o trabalho em oficinas e retiros da Escola do Reparar. < Anterior Próxima >
- Os-Ancestrais-da-Escola
Programas & Atividades | A Escola do Reparar | AND Lab Next 'COMO? ' (Escola do Reparar) ANTERIOR PRÓXIMA páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum Ancestrais da Escola do Reparar Fernanda Eugenio & diferentes colaboradores a cada edição 2013-2020 Enquanto desejo de ocupação e reorientação do formato "escola", a partir de uma persistência no habitar, no partilhar, no experimentar e no curar de outros mundos possíveis, a Escola do Reparar é um sonho antigo, que remonta aos primeiros projetos desenhados por Fernanda Eugenio ainda no início dos anos 2000, aquando das suas primeiras formulações do Modo Operativo AND. O formato atual da Escola do Reparar ancora-se na experiência de três anteriores programas regulares oferecidos pelo AND Lab: O mais antigo desses ancestrais é o programa Pensacção (2013-2019) , grupo de estudos através de sessões regulares de prática e conversa à volta do Modo Operativo AND, que integrou a nossa programação sob a forma de 'temporadas de encontro', com regularidades variadas - semanais, quinzenais ou mensais, a depender da época - durante seis anos. Essas sessões de prática continuada do MO_AND eram oferecidas tanto na sede em Lisboa, orientadas por Fernanda Eugenio e, por vezes, Ana Dinger, quanto nos núcleos no Brasil e na Espanha, cuidadas pelas pessoas integrantes da coordenação local, assegurando que haveria sempre assistência e acompanhamento ao grupo que se quisesse juntar. O propósito central da Pensacção era o de funcionar enquanto espaço de prática regular no qual praticantes do Modo Operativo AND pudessem dar continuidade ao encontro com esta ferramenta, voltar a reunir-se e, assim, desdobrar em conjunto as questões ético-políticas emergentes do manuseamento, distributivo e atento, entre os afetos pessoais e a participação consequente no entorno comum. Era, assim, um programa voltado sobretudo para acolher uma comunidade de pessoas praticantes - pessoas que, apos terem entrado em contacto com o MO_AND nos workshops, labs e escolas, quisessem prosseguir com a sua prática. A Pensacção recebia, ainda, constantemente, curioses a chegar pela primeira vez ao AND Lab, motivo pelo qual muitas vezes também se faziam introduções curtas no âmbito das sessões. O programa anual de Escolas de Verão AND é o outro - e o mais marcante - ancestral da Escola do Reparar. Este programa surgiu em 2015 , com a realização de uma 'edição zero' em Lisboa, organizada por Fernanda Eugenio e tendo como interlocuções convidadas Ana Dinger, Francisco Gaspar Neto e Soraya Jorge. A esta primeira incursão se seguiram, entre 2016 e 2019, quatro edições regulares, sempre a cada mês de julho, com o acolhimento do Polo Cultural das Gaivotas, e convocando, a cada vez, diferentes colaborações para andar junto com o MO_AND. Com a duração de duas semanas intensivas, com atividades de manhã e à tarde, a Escola se instalava enquanto zona temporária de atenção e de investigação experiencial e coletiva, à volta de uma questão transversal, diferente a cada ano. Por este espaço-tempo imersivo, passaram centenas de pessoas participantes, em grupos que cresciam a cada ano e foram, lentamente, indicando que a escola precisava de se alastrar e recobrir todo o ano - as duas semanas de verão eram mesmo muito apertadas para tanta matéria e afeto. Tendo o MO_AND como fio condutor e contando com a mediação continuada de Fernanda Eugenio, cada edição convocava à pesquisa da improvisação-criação coletiva e da (com)posição-com (d)o comum, em conversa com outras ferramentas e práticas. Uma equipa de apoio recorrente formou-se a contar com Ana Dinger, Iacã Macerata e Sílvia Pinto Coelho, à qual juntaram-se, nas diferentes edições, também as presenças recorrentes de Francisco Gaspar Neto, Gustavo Ciríaco e Soraya Jorge, além de outras colaborações pontuais. Através da experimentação duracional com o próprio e o alheio, e de exercícios de reciprocidade entre o cuidado de si e o cuidado do entorno, as Escolas de Verão AND procuravam gerar atenção sobre os processos consequentes através dos quais aquilo que fazemos (e, sobretudo, como o fazemos) nos faz em retorno: gestos, palavras, hábitos, perspectivas, posturas, modulações. Os encontros destinavam-se a toda a gente interessada na re-materialização de saberes cristalizados em saberes inventivos e situados; na pesquisa de políticas da convivência e numa ética suficiente para o aprender-fazendo, a partir do lugar-qualquer. A afluência regular de participantes vindes do Brasil foi firmando, a cada ano, uma ponte afetiva muito viva e potente com diferentes cidades do país, que coincidiu com a emergência, ao longo daqueles anos, dos núcleos locais do AND Lab em Curitiba, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Foi assim que, a partir de 2018 , emergiu o terceiro ancestral marcante da Escola do Reparar: o programa itinerante Laboratórios de Verão AND Brasil. Desenhado como versão compacta das Escolas de Verão AND de Lisboa, os labs tinham a duração de uma semana intensiva, sempre iniciando com uma introdução ao MO_AND e seguindo com a exploração de uma questão única em cada cidade pela qual passava. Esse programa procurava reinventar, com colaboradores locais e através de várias parcerias, em diferentes cidades do Brasil, as condições para a instalação de uma zona temporária de atenção e pesquisa aberta a todas as pessoas interessadas na experimentação com ferramentas ético-estéticas para o viver-juntes. Entre 2018 e 2020, foram realizadas três edições do programa, cada uma com duas ou três cidades, totalizando sete labs. ESCOLA DE VERÃO AND | Edições realizadas: 2019 | edição #4 : reparar (n)o Irreparável: exercícios de atenção distributiva, escuta metalógica e amor disseminado com Fernanda Eugenio e investigadores/artistas convidades: Ana Dinger, Dani d’Emilia e Sílvia Pinto Coelho + mini-lab experimental The Insider, com Cristina Maldonado e Fernanda Eugenio. 2018 | edição #3 : ANDbodiment: modos da pré-paração ante o Irreparável com Fernanda Eugenio e investigadores/artistas convidades: Ana Dinger, Flora Mariah, Guto Macedo, Milene Duenha, Sílvia Pinto Coelho, Soraya Jorge + interlocução de Eduardo Passos, Iacã Macerata, Mariana Ferreira e Ruan Rocha. 2017 I edição #2 : os modos do cuidado: cartografar, performar, curar com Fernanda Eugenio e investigadores/artistas convidades: Ana Dinger, Francisco Gaspar Neto, Gustavo Ciríaco, Iacã Macerata, Sílvia Pinto Coelho + prática de relaxamento final com Anna Marocco. 2016 | edição #1 : entre-modos de fazer: práticas de criar corpo e mundo, ferramentas ético-estéticas, procedimentos para a improvisação colaborativa & políticas da convivência com Fernanda Eugenio e investigadores/artistas convidades: Ana Dinger, Ana Mira, Francisco Gaspar Neto, Gustavo Ciríaco, Mariana Ferreira, Sílvia Pinto Coelho, Soraya Jorge. 2015 | edição #0 : isso e isto: os afectos e as suas manifestações com Fernanda Eugenio e investigadores/artistas convidades: Ana Dinger, Francisco Gaspar Neto e Soraya Jorge. LABS DE VERÃO AND BRASIL | Edições realizadas: Edição #3 | Rio de Janeiro e São Paulo, 2020: Rio de Janeiro – 01 a 07 de fevereiro de 2020 | No Irreparável, agora: táticas para corporificar franqueza e sentir firmeza , com Fernanda Eugenio, em interlocução com Guto Macedo, Iacã Macerata, Letícia Barbosa e Mariana Pimentel. Parcerias: Coletivo Corposições, Espaço Mova. São Paulo – 14 a 21 de fevereiro de 2020 | In-tensionar, inter-ferir: táticas de des-ilusão e des-cisão ante o Irreparável , com Fernanda Eugenio, em interlocução com Naiá Delion, Patrícia Bergantin e Julia Salem. Parcerias: Casa Líquida. Curitiba - 14 a 23 de março de 2020 | (Alter)ações: outrar, (re)inventar, mundificar, ofertar, com Fernanda Eugenio em interlocução com Milene Duenha, Francisco Gaspar Neto e Teatro Secalhar. Parcerias: Ap da 13, Casa Hoffmann, Encosta Residência [cancelado pela pandemia de covid-19] Edição #2 | Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo, 2019: Rio de Janeiro – 26 de Janeiro a 01 de fevereiro de 2019 | Corpo de Escuta, Corpo de Luta: táticas de (auto)cuidado e comunalidade , com Fernanda Eugenio, em interlocução com Guto Macedo, Iacã Macerata, Letícia Barbosa e Mariana Pimentel. Parcerias: Coletivo Corposições, Casa-Consultório. Curitiba – 16 a 22 de março de 2019 | Outros (ar)rumos: táticas de multiplicação para corpos e territórios , com Fernanda Eugenio, em interlocução com Ana Dinger, Francisco Gaspar Neto e Milene Duenha. Parceria: Casa Quatro Ventos. São Paulo – 25 a 30 de março de 2019 | (Des)aparecer, Comparecer, Permanecer: táticas para tomar coragem , com Fernanda Eugenio, em interlocução com Ana Dinger, Naiá Delion e Patrícia Bergantin. Produção: Rafael Petri. Parceria: Espaço Leviatã. Edição #1 | Rio de Janeiro e São Paulo, 2018: Rio de Janeiro – 20 a 26 de Janeiro de 2018 | Praticar o Cuidado e Performar o Comum. Um encontro entre o Modo Operativo AND e as Práticas de Cuidado , com Fernanda Eugenio, em interlocução com Ana Dinger, Guto Macedo, Iacã Macerata, Letícia Barbosa, Mariana Borges, Mariana Pimentel e equipa do Espaço Mova. Parceria: Coletivo Corposições e Espaço Mova São Paulo – 29 de Janeiro a 4 de Fevereiro de 2018 | Tomar Corpo, Acontecer. Práticas Ético-Estéticas e Práticas Somáticas. Um encontro entre o Modo Operativo AND e o Movimento Autêntico , com Fernanda Eugenio e Soraya Jorge, em colaboração com Ana Dinger, Carolina de Nadai e Naiá Delion. Parceria: Condomínio Cultural QUANDO-ONDE? Edição atual da Escola + Histórico de Edições anteriores Edições Anuais anteriores da Escola do Reparar [clicar sobre os "flyers" para ver a página da edição e a sua programação de atividades] páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum ANTERIOR PRÓXIMA
- MO-AND
Sobre o AND Lab e o Modo Operativo AND | AND Lab Next QU Ê? (O AND Lab) O Modo Operativo AND [MO_AND] O Modo Operativo AND (MO_AND) consiste numa ética do Re-parar, da Reparagem e da Reparação, sistematizada num conjunto de ferramentas-conceito e de proposições-jogo que, ao mesmo tempo, propõe e propicia: a investigação direta e experiencial dos funcionamentos do Acontecimento e da Relação; a explicitação dos modos de emergência e de sustentação de acontecimentos comuns metaestáveis; a sensibilização às condições de possibilidade contingentes-impermanentes de cada encontro e às consequências políticas dos posicionamentos individuais e/ou coletivos; a afinação das capacidades de distribuição não-hierárquica da atenção e de (re)inventário trajetivo do possível, simultaneamente no plano da auto-observação em ato e no plano do mapeamento da situação envolvente; o treino da disponibilidade à diferença e ao acidente/imprevisto, da comparência atempada, da tomada de decisão situada e da colaboração dissensual; a transferência de protagonismo do sujeito para o acontecimento, ou seja, a prática co(m)passionada da presença; o exercício de uma equiparação consistente entre autocuidado e cuidado do entorno e entre o discurso proferido e a sua efetuação no fazer; a frequentação exploratória de disposições subjetivas e relacionais dissidentes para a performance íntima e social dos afectos, numa pesquisa de alternativas aos modelos identitários e aos scripts pré-definidos e hierarquizados. Este sistema, concebido e desdobrado pela antropóloga e artista Fernanda Eugenio, é uma investigação viva e aberta, em constante transmutação e a partir de uma confrontação deliberada e insistente com o uso e com a prática. Ao longo de quase duas décadas dedicados a esta pesquisa, Fernanda Eugenio designou-a de diferentes modos, até à estabilização no nome Modo Operativo AND. O seu carácter distintivo reside sobretudo na força, na consistência e na singularidade do arcabouço conceitual original por ela entretanto desenvolvido, que conforma o vocabulário performativo pelo qual o MO_AND é reconhecido. Algumas das ferramentas-conceito e das proposições-jogo criadas por Fernanda Eugenio são: a tripla modulação do reparar: re-parar, reparagem, reparação; a tripla modulação da posição: dis-posição, (com)posição-com e re-posição – além do duplo percurso para desdobrá-las: da de-com-posição à re-posicão, da dis-posição à re-com-posição. as políticas da convivência Modo Operativo É, Modo Operativo OU e Modo Operativo E (AND); o Jogo das Perguntas QUÊ-COMO-QUANDO-ONDE; os jogos de zona de interferência , percorrendo as escalas entre-muites, entre-nós, entre-dois, entre-si e Ghost. os jogos de zona de transferência , para a descrição-circunscrição e formulação-performação do afeto: Isto-Isso-Isto e Isso-Isto-Isso; os jogos de cuidado-curadoria : com o território-corpo ou com o corpo-território o Diagrama Aberto-Explícito para a tomada de posição; as dez posições ante o Irreparável: (an)coragem, co(m)passionamento, consistência, comparência, firmeza, franqueza, suficiência, justeza, des-ilusão, des-cisão a nomenclatura Irreparável para abordar as feridas fundantes da pessoa e da cosmovisão/sensação modernas, bem como os diagramas exploratórios da tripla modulação do Irreparável: (ir)reversível/(in)cessável; (im)previsível/(in)evitável; (ir)remediável/(in)compensável conceitos-neologismos, tais como secalharidade e pensacção; jogos de palavras e de relações-tensão, tais como: Decisão/Des-cisão, Saber/Sabor, Manipulação/Manuseamento, Fragmentação/Desfragmentação, Eficiência/Suficiência, Coerência/Consistência, Justiça/Justeza, Relevância/Relevo, Condicionante/Condição, Rigidez/Rigor, Representação/Presentação, Interpretação/Circunscrição, Implicação/Explicação, Implicitação/Explicitação, Exibição/Exposição, (A)Parecer/Comparecer, Significado/Direção, Certeza/Confiança, Necessário/Preciso, (In)dependência/Autonomia etc . O MO_AND apoia-se na ativação do (contra)dispositivo do jogo não-competitivo e de regras imanentes como meio para a delimitação provisória de uma zona de atenção coletiva; como simulador de acidentes e como propiciador de uma simultaneidade entre dentro e fora. O recurso ao recorte – o tabuleiro de jogo – permite a instalação de “mundos dentro do mundo” e a exploração de diferentes escalas de menorização/maximização do (in)visível e de redução/ampliação do espaço e do tempo, estimulando o desenvolvimento de uma sensibilidade fractal, atenta e minuciosa às modulações relacionais da reciprocidade (justo meio entre a complementaridade e a simetria) e da suficiência (justo meio entre a eficiência e a desistência). O MO_AND é uma prática transversal e sem pré-requisitos, partilhada em oficinas, escolas e laboratórios abertos à participação de qualquer pessoa interessada em estudar, de modo vivencial, as (micro)políticas implicadas na operacionalidade e na sustentabilidade do viver-juntes, bem como a praticar a ‘criatividade’ noutros termos: deslocada do registo autocentrado e expandida em inventividade divergente e eticamente comprometida com a justeza. A experimentação ‘laboratorial’ da fractalização da percepção, aliada à ética proposta pelo MO_AND, tem efeitos concretos no comportamento, promovendo uma sensível diminuição da reatividade e do julgamento, uma correspondente ampliação da autonomia e da franqueza e uma tendência à sintonização entre afetos individuais e acontecimentos coletivos. Com a continuidade da prática, esses efeitos vão-se transpondo para a vida quotidiana e se infiltrando nos modos de ser-estar e criar-fazer, levando a sensíveis re-posicionamentos subjetivos e sociais. 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- Caixa-Livro-AND
Programas de Artefatos | AND Lab Next COMO? (Artefatos ) ANTERIOR PRÓXIMA páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum Caixa-Livro AND Fernanda Eugenio Lançada em 2019 A Caixa-Livro AND é um artefato-constelação, que, pela primeira vez, transporta para a publicação a dimensão de jogo performativo, a experimentação com a materialidade da(s) palavra(s) e a multiplicidade do Modo Operativo AND - metodologia ético-artístico-política para a investigação relacional dos processos de tomada de posição-com e das modulações emergentes do acontecer. Integram a caixa os livretos Palavras, Jogos, Articulações e Conversas, além de dois cartazes e seis cartelas. O conjunto inclui um glossário de ferramentas-conceito, as Dez Posições ante o Irreparável; uma série de palavras-palestra; diagramas tais como o do Jogo das Perguntas, o da tripla modulação do Re-parar e do Irreparável. Apresenta, ainda, um conjunto atualizado e detalhado das proposições-jogo AND, dividido em Jogos de Zona de Interferência, de Zona de Transferência e de Cuidado-Curadoria; uma compilação de textos e artigos que exploram a trajetória desta filosofia habitada de modo cruzado e não-linear e uma reunião de conversas e depoimentos sobre os usos e as aplicações do MO_AND. A Caixa-Livro AND foi escrita por Fernanda Eugenio e concebida com a colaboração de Ana Dinger, Luiza Leite, Tatiana Pudlubny e Cecília Costa, no âmbito da parceria entre o AND Lab e a editora de publicações de artista Fada Inflada, que habita o circuito editorial independente do Rio de Janeiro, com o apoio da República Portuguesa - Cultura / Direção Geral das Artes. A CAIXA LIVRO ESTÁ DISPONÍVEL NA BANCA DE ARTEFATOS DO AND QUANDO-ONDE? Opções disponíveis e histórico deste Programa no Calendário de Eventos & Agendamentos VER A PROGRAMAÇÃO DO CALENDÁRIO Close VISITAR A NOSSA 'BANCA DE ARTEFATOS' Go Eventos atuais e/ou anteriores relacionados no Calendário [se houver atividades atuais, elas aparecerão primeiro; rolar a lista para ver o histórico de atividades realizadas] páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum ANTERIOR PRÓXIMA