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  • Angela Guerreiro | Equipa & Colaboradores AND Lab

    Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Angela Guerreiro Colaboração através do Programa Fazer Comum Angela Guerreiro é afro-descendente, mãe, artista independente, coreógrafa, intérprete, mentora, curadora de festivais e conferências. Nasceu em Lisboa em 1965, viveu na Alemanha de 1994 a 2021 e reside actualmente em Portugal. Formou-se em dança clássica de acordo com o sistema da Royal Academy of Dance (1975-86), estudou na Escola Superior de Dança, em Lisboa (1986-89) e no Center of New Dance Development in Arnhem (1989-91). Tem o mestrado em Terapia da Dança e do Movimento (2015), formação em Moving Cycle, uma psicoterapia centrada no corpo (2015), Terapeuta de Relaxamento (Autogenes Training e Progressive Muscle Relaxation). Uma Dynamic Embodiment Practitioner (DEP), formada pelo programa Somatic Movement Therapy Training (DE-SMTT), em 2019. Iniciou BaBoMiDa - Baby BodyMind Dancing™, um ramo do programa BodyMind Dancing™, o sistema de dança somático desenvolvido por Martha Eddy. É uma Educadora Registada do Movimento Somático (RSME) - ISMETA. Em Portugal, fez carreira como intérprete da Companhia RE.Al de João Fiadeiro de 1991 a 1994. Na Alemanha, inicia a sua carreira como coreógrafa residente no Kampnagel Hamburg de 1995 a 2002, as suas criações fazem um circuito internacional de festivais de dança e teatro. De 2003 a 2005 produziu e dirigiu as suas criações 'Exposure', e 'Memory Play’, dois solos apresentados no espaço independente Hamburger Botschaft. De 2006 a 2008, dirigiu a Associação de Teatro e Dança de Hamburgo (Dachverband Freier Theaterschaffender Hamburg e.V.). Em 2005, inicia, dirige e produz o festival internacional‚ DanceKiosk-Hamburg‘, incluindo na sua programação os criadores portugueses Paulo Castro (2005), Vania Gala (2006), Rogério Nuno Costa (2007), Joana Manaças and Rita Omar (Dance Beyond Borders,2009), Teresa Ranieri (2010), Lander Patrick (2014), Henrique Antão (2015-16), Manuel Guerra (2016), e João Costa Espinho (2016). Produziu a 'Kiosk.Company', o projecto 'DanceKiosk. Goes Island’, a produção internacional 'Tracing Dance from Addis Ababa to Nairobi and Hamburg', o projecto internacional de educação da dança 'dance beyond borders' e o projecto sobre estratégias de sobrevivência do meio artístico da dança 'SURVIVING DANCE - Art - Economy - Politics'. Na revista DANÇA 2011 foi chamada uma das últimas activistas independentes da dança contemporânea . A TANZFONDS ERBE - Uma iniciativa da Fundação Cultural Federal Alemã apoiou o seu projecto 'The Live Legacy Project: Correspondences between German Contemporary Dance and the Judson Dance Theater Movement'. Em 2015, Angela Guerreiro participou no projecto 'The best. The worst. My everything!’. E o filme 'The Live Legacy Project - Film documentation', foi estreado no Tanzkongress Hannover 2016. De 2016-17, paralelamente ao seu trabalho artístico, trabalhou como terapeuta da dança e do movimento com crianças da Ucrânia, na Fundação Renate Szlovak. Em 2016, o festival ‚DanceKiosk-Hamburg_48 Hours Nomads’, foi criado nos espaços exteriores do Deichtorhallen Hamburg. Foi intérprete na produção ‚Faust‘ de Frank Castorf, na Volksbühne Berlin, em 2017. Mesmo ano em que recebeu o convite da DGArtes, para enquadrar a comissão de avaliação de dança de 2017. De 2019-20, trabalhou como coreógrafa e professora independente, em Munique. Lecionou workshops organizados pelo Instituto Pedagógico - Centro de Gestão Comunitária da Educação (Pädagogisches Institut-Zentrum für kommunales Bildungsmanagement) em colaboração com a escola Escola de integração vocacional (Berufsschule zur Berufsintegration). Deu aulas de movimento para crianças no Volkshochschule München. Em 2020, recebe apoio do departamento cultural de Munique para ‚WIR‘, uma documentação cinematográfica com adolescentes internacionais. E é-lhe atribuída uma bolsa de pesquisa para a investigação e criação da instalação 'Me and My White Skeleton’ sobre a presença de corpos negros na Europa. Em 2021, recebe financiamento para o projecto 'Digitizing the Archive from 1994-2016 - Angela Guerreiro Productions (AGP)‘, financiado pelo Comissário do Governo Federal para a Cultura e os Media no programa NEUSTART KULTUR, DIS-TANZEN programa de ajuda da Dachverband Tanz Deutschland (Organização Alemã da dança). Foi co-curadora do Festival Body IQ 2021, em Berlim. Integra a associação UNA - União Negra das Artes. FAZER COMUM é um programa de habitação do Espaço AND Lab, que tem como principal objetivo contribuir para a dinamização do tecido artístico e cultural de Lisboa, proporcionando espaço para trabalho, diálogo, encontro, pesquisa e partilha de práticas inseridas no âmbito de trabalho AND Lab - Arte, Política, Comunidade. São acolhidas práticas de (auto)cuidado e de expressão-criação extensivas, como aulas/sessões regulares, workshops pontuais e residências artísticas. Há também espaço para propostas de eventos tais como grupos de estudo, lançamentos de livros, conferências e palestras, reuniões e encontros, exposições e apresentações informais, entre outros. < Anterior Próxima >

  • Nyrhio Ribestião | Equipa & Colaboradores AND Lab

    Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Nyrhio Ribestião Colaboração através do Programa Fazer Comum Nyrhio nasceu em Angola e vive na Europa há cinco anos. É técnico comunitário de saúde na associação GAT, no Intendente, centro de apoio, rastreio e tratamento de IST, dirigido a trabalhadoras/es do sexo, trans, migrantes e pessoas que dormem na rua. É massagista formado pela EMMA - Escola de Massagem e Motricidade Aplicada. A sua paixão pela massagem surgiu durante a pandemia, quando, em confinamento, dedicou-se a aprender diferentes técnicas a partir de vídeos do Youtube, praticando com os colegas de casa. Em 2022 profissionalizou-se e actualmente exerce as técnicas de massagem terapêutica e desportiva, mobilização articular e reabilitação. FAZER COMUM é um programa de habitação do Espaço AND Lab, que tem como principal objetivo contribuir para a dinamização do tecido artístico e cultural de Lisboa, proporcionando espaço para trabalho, diálogo, encontro, pesquisa e partilha de práticas inseridas no âmbito de trabalho AND Lab - Arte, Política, Comunidade. São acolhidas práticas de (auto)cuidado e de expressão-criação extensivas, como aulas/sessões regulares, workshops pontuais e residências artísticas. Há também espaço para propostas de eventos tais como grupos de estudo, lançamentos de livros, conferências e palestras, reuniões e encontros, exposições e apresentações informais, entre outros. < Anterior Próxima >

  • Manoela Rangel | Equipa & Colaboradores AND Lab

    Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Manoela Rangel Participante do Coletivo AND Manoela Rangel nunca sabe o que vai fazer. Sua pesquisa é sobre sair da própria frente permitindo que o caminho se faça menos pelo protagonismo da agência e mais pela emergência do que a situação pede. Durante a graduação em teatro se tornou acrobata dos aparelhos aéreos de circo. Concluída a universidade se tornou professora de inglês e em seguida de ashtanga yoga. Junto às aulas de yoga atuou num espetáculo de dança, um filme, uma peça de teatro infantil, fez performance numa banda de música, coreografou e dançou um show queer, criou seu solo de circo, dirigiu um trabalho de dança, escreveu e deu voz aos textos em projeto de arte sonora pop e há alguns agoras investiga como viver junto em parceria com o AND Lab. Não estabilizar identidade \artística/ e mestiçar linguagem para mediar fala é sua \deslocada/ posição de jogo. [Graduada – UDESC 2005. Artista circense – Acrobáticos Fratelli 2009-12. Professora de inglês – Wizard 2005 e de yoga – Yoga Shala de Camila Reitz 2006-08. Bailarina para Volmir Cordeiro – Prêmio Klauss Vianna 2008. Atriz para Carla Candiotto - Prêmio PROAC - indicação melhor atriz FEMSA 2013. Performer – banda o Teatro Mágico 2014-17. Coreógrafa show queer Shanawaara - Projeto Brasil tour Alemanha / Portugal 2016. Solo circo – prêmio PROAC 2015. Criação / direção em dança – prêmio Cultura Inglesa 2018. Projeto sonoro pseudo pornô em parceria com Dudu Tsuda – Fusion Festival Alemanha 2019. Integra o AND Lab São Paulo e o AND Collective desde 2020]. < Anterior Próxima >

  • Constança Carvalho Homem | Equipa & Colaboradores AND Lab

    Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Constança Carvalho Homem Colaboração através do Programa Fazer Comum Participante do Coletivo AND Licenciou-se na FLUP em Línguas e Literaturas Modernas – Estudos Portugueses e Ingleses, tendo recebido o Prémio Eng. António de Almeida. Completou com distinção o MA Text and Performance Studies no King’s College London e na RADA. Procurou uma formação artística ampla que inclui criadores e practitioners como Teresa Villaverde, Mónica Calle, Joana von Mayer Trindade e Hugo Calhim Cristovão, Corinne Soum e Steven Wasson, Howard Barker, Anatoly Vassiliev, Matej Matejka, Thomas Richards e Mario Biagini, e Maud Robart. Principais colaborações: Ensemble, ASSéDIO, As Boas Raparigas, Casa Conveniente, Comédias do Minho, Teatro da Garagem, Teatro do Vão, e Daniel Pinheiro, João Madeira, João Sousa Cardoso, Teresa Coutinho, Filipe Caldeira e Paulo Mota. Moveu-se do teatro no sentido mais estrito para campos como a música improvisada, a performance e o cinema. Integra a equipa de programação dos festivais internacionais de cinema Queer Lisboa & Queer Porto. É membro do grupo de performance em rede Utterings e do colectivo de pesquisa do AND Lab. FAZER COMUM é um programa de habitação do Espaço AND Lab, que tem como principal objetivo contribuir para a dinamização do tecido artístico e cultural de Lisboa, proporcionando espaço para trabalho, diálogo, encontro, pesquisa e partilha de práticas inseridas no âmbito de trabalho AND Lab - Arte, Política, Comunidade. São acolhidas práticas de (auto)cuidado e de expressão-criação extensivas, como aulas/sessões regulares, workshops pontuais e residências artísticas. Há também espaço para propostas de eventos tais como grupos de estudo, lançamentos de livros, conferências e palestras, reuniões e encontros, exposições e apresentações informais, entre outros. < Anterior Próxima >

  • edicao-05-2024

    Edições Anuais da Escola do Reparar | AND Lab Next Escola do Reparar ANTERIOR PRÓXIMA Escola do Reparar Ed#5-2024 Edição comemorativa 'TY' - Ten Years / Thank You 5 anos de Escola do Reparar, 10 anos de escolas de verão Dis-cernir e Inseparar: o encantamento do Irreparável Em 2024 a Escola do Reparar debruça-se sobre a ferramenta-conceito dis-cernir , que convida a exercitar a musculatura ética do diferenciar, do re-conhecer dos cernes, numa modulação na qual é justo o acesso à multiplicidade de perspectivas vitais (entre-cernes e intra-cernes) que permite (re)encantar e reconectar com a experiência sensível da inseparabilidade. Insistimos na pesquisa de antídotos aos afetos do desemparo e do desencanto, manifestos pelo esgotamento e pelo embotamento das sensibilidades, que marcam de modo desigual mas pervasivo os estados individuais e coletivos contemporâneos. Convocamos as operações do re-pouso/amparo - enquanto vivência de ninho, descanso profundo, entrega, rendição e (re)conexão - e do re-voo/encanto - enquanto acesso ao Fundo Comum da Vida, às sabedorias encarnadas aquém-além do humano que compõem o agregado provisório de toda e cada uma das formas de vida, e re-sintonização com o ser (em) bando, num pleno habitar e co(n)sentir da coexistência. Nas diferentes proposições de encontro que perfazem a investigação-criação deste ano, propomos, ainda, uma demora em duas outras operações: o re-conhecimento - um honrar das ancestralidades que nos dão hoje (an)coragem (ancoramento e coragem) e um empenho firme e franco em voltar a conhecer-se - e a re(e)nunciação - renúncia das ilusões sistémicas aglutinadas à volta dos pontos de vista individuais e re-enunciação de si que desbloqueia o acesso à vista do ponto. É um ano em que comemoramos duplamente! ■ Por um lado, os 5 anos em que as nossas propostas de partilha do Modo Operativo AND assumiram o formato do programa continuado de formação artístico-política Escola do Reparar, com edições temáticas anuais desde 2020; ■ Por outro lado, os 10 anos de emergência do formato Escolas de Verão AND, predecessor da Escola do Reparar, que teve a sua primeira edição piloto em Lisboa, no verão de 2015, e se estendeu até 2019! O programa desdobra-se em duas temporadas, contemplando atividades presenciais em Portugal, circulações por Alemanha e Brasil e atividades online. ■ De março a julho, serão oferecidas em modo extensivo presencial e intensivo online as oficinas hANDling de Introdução ao MO_AND e as oficinas Estudos Indóceis de Desdobramento do MO_AND e estudo praticado de ferramentas-conceito, bem como, no verão, o Curso-Retiro LANDscape Portugal de Aprofundamento do MO_AND e Jornada-Ritual de Ninho e Bando. ■ De agosto a janeiro, serão oferecidas em modo intensivo presencial oficinas hANDling de Introdução ao MO_AND na Alemanha e em Portugal, uma oficina (under)stANDing extensiva online, de Desdobramento do MO_AND e partilha de projetos colaborativos do Coletivo AND e um Curso-Retiro LANDscape no Brasil, de Aprofundamento do MO_AND e Encontro-Síntese Retrospetiva 2024. Sobre a Escola A Escola do Reparar é um programa anual continuado de investigação-criação expandida e formação artístico-política, que abriga quatro interfaces de encontro e se desenrola no eixo Portugal-Brasil. Apoiada na criação sempre em processo de Fernanda Eugenio com o Modo Operativo AND , em colaboração com a rede multilocalizada de artistas do Coletivo AND e com diferentes artistas convidades a cada vez, a Escola do Reparar toma, a partir da constelação prático-teórica do MO_AND, uma questão-tema por ano como mote para a criação de novos dispositivos performativos de encontro, proposições vivenciais, jogos e ferramentas de composição-criação coletiva, adotando a estrutura duracional da viagem para convidar à habitação e à persistência no trabalho íntimo-político da trans-forma-ação . As suas quatro linhas de atividades estão desenhadas de modo a propiciar às pessoas participantes um percurso gradual e amparado de navegação na questão-tema do ano. Começamos sempre pelo hANDling , oficinas de partilha do MO_AND e práticas afins (março a junho; setembro a novembro, em Lisboa e diferentes cidades do Brasil a cada ano) , dedicado a oferecer as bases de sustentação da jornada anual, através da introdução e do desdobramento das ferramentas-conceito e princípios centrais do Modo Operativo AND, aliado a práticas corporais do Coletivo AND. A seguir, entramos nos Estudos Indóceis , grupo de estudos praticados e experimentais (maio - Portugal e outubro - Brasil) , dedicado a partilhar a filosofia habitada à volta dos conceitos em foco a cada ano. Chegamos então ao LANDscape , curso-retiro imersivo (julho - Portugal e janeiro - Brasil) , construído sob a forma de jornada-ritual de trans-forma-ação , na qual o Modo Operativo AND se multiplica num conjunto de proposições político-afetivas encarnadas mais complexas, que convocam diferentes modulações de jogo da constelação AND lado a lado a peças-rituais especialmente criadas, a cada vez, para propiciar a experiência sensível e vivencial da questão-tema. Esta atividade é, ao mesmo tempo, fim e começo: uma culminância da jornada de cada ano, todos os meses de julho, que, ao se repetir em janeiro, opera também a pré-paração para o ano seguinte, e para uma nova questão-tema prestes a emergir. Toda a viagem é assistida e nutrida pelo [ under]stANDing , programa de investigação continuada e de criação de artefatos por Fernanda Eugenio em colaboração com o Coletivo AND. O stANDing é a escola sendo gestada enquanto acontece e perpassa todo o ano em duas temporadas (fevereiro-julho e setembro-janeiro), compostas por trabalho presencial no Atelier AND Lab em Lisboa, encontros online e pelas Residências de Criação LAND, se abrindo ao exterior através de sessões de partilha e mostra informal de processos algumas vezes por ano. Cabe ainda ressaltar que, embora hANDling, Estudos Indóceis e LANDscape se constituam enquanto atividades encadeadas, estão articuladas de modo a também permitir o ingresso de novas pessoas participantes a qualquer momento da viagem, que venham a acessar a experiência de modo avulso e pontual. A Escola do Reparar propõe habitar o 'entre' enquanto intervalo de potência, instaurando-se no seio dos cruzamentos arte-vida e estruturando-se de forma espraiada e multilocalizada, no trânsito entre Portugal e Brasil, entre o urbano e o rural e entre o presencial e o virtual, num compromisso em conjugar uma consistente deslocação subjetiva e sensível com o descentramento geográfico e a propagação digital. Reivindica-se, assim, enquanto campo de amparo para o encanto, enquanto campo seguro para o risco: firmado no cuidado e focado em (re)ativar a relação atenta com a Terra-Soma e, ao mesmo tempo, em infiltrar e sustentar um modo comunitário no quotidiano urbano e digital. A Escola do Reparar oferece anualmente um mínimo de 25% de vagas sob a forma de bolsas integrais com perfil interseccional, para pessoas vulnerabilizadas por intersecções de classe, raça, gênero, deficiência, orientação sexual, corporalidades dissidentes, migração e/ou origem étnica. As atividades da Escola do Reparar em Portugal são bilíngues (português e inglês) sempre que necessário. As atividades da Escola do Reparar em Portugal têm tradução em Língua Gestual Portuguesa sempre que necessário. ATIVIDADES ABERTAS NO MURAL DE EVENTOS PARA INSCRIÇÕES/INFORMAÇÕES [poderá sempre retornar a esta página ao longo da programação anual para acompanhar novidades: as novas atividades do calendário serão adicionadas à medida que tiverem as suas inscrições/informações disponíveis] Estudos Indóceis: Escola do Reparar 2024 [Ed#5] Desdobramento do Modo Operativo AND 16 de maio de 2024 às 17:30:00 Espaço AND Lab (metro à porta) Estudos Praticados de Ferramentas-Conceito MO_AND (Extensivo) | 1ª abordagem à questão-tema da edição 2024: Dis-cernir e Inseparar | com Fernanda Eugenio +INFO/INSCRIÇÕES LANDscape [Portugal] | Escola do Reparar 2024 [Ed#5] 26 de julho de 2024 às 13:00:00 Trust Collective Curso-Retiro de Aprofundamento no Modo Operativo AND & práticas político-afetivas encarnadas com as ferramentas da edição: 'Dis-cernir & Inseparar' | com Fernanda Eugenio & membres do Coletivo AND +INFO/INSCRIÇÕES LANDscape [Brasil] | Curso-Retiro | Escola do Reparar Ed.2024[#5] 8 de janeiro de 2025 às 18:00:00 Fazendinha/Casa Amarela Rituais para Dis-cernir & Inseparar | Ninho & Bando: a re(e)nunciação do Irreparável +INFO/INSCRIÇÕES hANDling+Estudos Indóceis: Introdução+Desdobramento do Modo Operativo AND 29 de junho de 2024 às 13:00:00 Online via Zoom Escola do Reparar 2024 | Oficinas Intensivas de abordagem da questão do ano: Dis-cernir e Inseparar | com Fernanda Eugenio +INFO/INSCRIÇÕES (under)stANDing | Referir, Interferir, Transferir: Posições Diante da Ferida 4 de novembro de 2024 às 11:00:00 Online via Zoom.us Escola do Reparar 2024 [Ed#5] | Workshop teórico-reflexivo online | com Iacã Macerata, Mariana Pelizer, Pat Bergantin e Ruan Rocha +INFO/INSCRIÇÕES Direção | Direction: Fernanda Eugenio Curadoria e Formulação Conceitual/Curation and Conceptual Formulation: Fernanda Eugenio Apoio à Direção | Support to Direction: Henrique Antão Interlocuções/Interlocutions LANDscape Barril de Alva: Ana Dinger, Bernardo Chatillon, Manoela Rangel, Ruan Rocha Interlocuções/Interlocutions LANDscape Guapimirim: Mariana Pimentel e membres do Coletivo AND a definir Interlocuções/Interlocutions (under)stANDing: Ana Corrêa, Constança Carvalho Homem, Dai, Henrique Antão, Ruan Rocha, Manoela Rangel Design Original e Plataforma Online | Original Design and Online Platform: Alexandre Eugenio/ Boxer Crab Produção e Comunicação | Production and Communication: Catarina Serrazina e Luís Filipe Fernandes Produção local (Alemanha) | Local production (Germany): produção Onsite e Núcleo AND Lab Berlim Produção local (Brasil) | Local production (Brazil): Rede AND Lab Brasil - Núcleo Mata Atlântica | AND Lab Brasil Network - Atlantic Forest Center Series Reels & Podcast: Pat Bergantin e Patrícia Araújo Documentação Audiovisual | Audiovisual Documentation: Gabriela Jung e Inês T. Alves Parcerias | Partnerships: Trust Collective (PT), Onsite Berlin (DE), Casa Amarela/Fazendinha (BR) Apoio | Support: DGArtes - República Portuguesa - Cultura ANTERIOR PRÓXIMA

  • Series-Proposicoes-Performativas

    Programas de Artefatos | AND Lab Next COMO? (Artefatos ) ANTERIOR PRÓXIMA páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum Séries de Proposições Performativas Fernanda Eugenio, Coletivo AND & múltiplas colaborações Desde 2006 (anterior à emergência do AND Lab) Das mais recentes às mais antigas, role para baixo para ver as Séries de Proposições Performativas desenvolvidas até o momento pelo AND Lab. Série Dez posições ante o Irreparável Cinco performers, dez ações performativas e a proposição de atravessarmos juntes o momento mundialmente crítico de incerteza e suspensão instaurado pela pandemia de covid-19, ativando o sentipensar dos modos de viver juntes propostos pela ética de reparagem e reparação do MO_AND. "Dez posições ante o Irreparável" é uma série online de performances-para-a-câmera, que conjuga as linguagens da performance ao vivo e do vídeo, concebida por Fernanda Eugenio em colaboração com es integrantes do Coletivo AND Pat Bergantin, Mariana Pimentel, Milene Duenha e Guto Macedo, a partir das palavras que compõem as Dez Posições ante o Irreparável, de Fernanda Eugenio. (An)coragem, co(m)passionamento, consistência, comparência, firmeza,franqueza, suficiência, justeza, des-ilusão, des-cisão são as ferramentas-conceito traduzidas em gesto, articulando o dizer e o mover, num encontro entre corpos de pessoas, de palavras e de laranjas. O programa performativo que orienta a série consiste na enunciação do conceito de cada palavra acompanhada de uma ação que a encarna, no encontro-confronto entre as peles humanas e as da fruta. Enquanto cada 'verbete' revive numa leitura em alta voz, por Fernanda Eugenio, o seu corpo-fala se desmembra e remembra, através de composições efêmeras que emergem a partir da montagem, no vídeo, com partes de outros corpos em ação: corpos-gestos que materializam em ato as operações (po)ético-políticas postas em jogo pelos conceitos. Assim, a tela/ecrã se faz plano comum, no qual a força que cada palavra-posição porta não cessa de circular - e de se "descomportar" - numa corporificação multiplicada e movente. Criados numa colaboração à distância, durante a primeira onda da pandemia de covid-19, com cada integrante do grupo a trabalhar a partir da sua casa, os vídeos ativam recursos simples e que já estavam à mão na situação de isolamento: câmeras de telefone e elementos presentes no ambiente doméstico. Dentre eles, como forma de plasmar um plano comum, o grupo acabou por eleger laranjas enquanto materialidade agregadora partilhável - por estarem disponíveis em todas as cozinhas e carregarem, enquanto corpo vivo com carne-recheio e casca-couraça, operações sensíveis caras à pesquisa manuseada e sentida do Irreparável. Os episódios da série de videoperformances dedicam-se, cada um, à leitura encarnada de uma das dez palavras-posições, e tanto podem ser assistidos autonomamente quanto formam, no seu conjunto, um percurso-jogo que vai da primeira à décima palavra, numa jornada de constituição de corpo para "reparar (n)o Irreparável". A série foi contemplada pelo prêmio Arte como Respiro 2020 , do Itaú Cultural e estreou em julho do mesmo ano, no âmbito dos Estudos Indóceis da edição piloto da Escola do Reparar , abrindo um espaço coletivo de desdobramento da experiência e de reflexão crítica à volta da (ir)reparabilidade do mundo tal como o conhecemos - uma problemática que tem norteado o trabalho do MO_AND, e que se agudiza no contexto pandêmico. Ações PsicosSOMAgicas Consiste num conjunto de programas performativos para operar no sensível através de uma formulação mágico-ritual que ativa operações de dis-solução: (des)integração, trans-formação, (trans)bordamento, com-temporaneidade e (re)pouso. Procurando abordar o Soma enquanto agregado aquém-além do corpo físico, envolvendo dimensões mais-que-humanas trans e infra-pessoais - individuais e ancestrais, sociais e culturais, históricas e cosmológicas - as Ações propõem vivências duracionais e intensivas, quase-jornadas, que miram a matéria íntima-pessoal (sob a forma do desconforto e da inquietação e/ou de emoções desafiadoras como o medo, a raiva, a vergonha e a culpa) para atravessá-la e transmutá-la num plano simbólico-performativo. As Ações, criadas por Fernanda Eugenio e Dani d'Emilia no âmbito da sua pesquisa colaborativa Práticas de Dis-solução , emergiram ao longo da edição 2020 do programa stANDing da Escola do Reparar , com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, quando as Práticas de Dis-solução entraram em conversa com as Dez Posições ante o Irreparável, de Fernanda Eugenio, que funcionaram como tema para as atividades daquele ano. Esta série foi sintetizada em cinco vídeos inéditos , com edição de Pedro Henrique Risse, cada um deles dedicado à colisão entre duas das palavras-posições/ferramentas-conceito de Fernanda Eugenio: (an)coragem & co(m)passionamento, consistência & comparência, firmeza & franqueza, suficiência & justeza, des-ilusão & des-cisão. Série Metálogos Nesta série, iniciada em 2015, Fernanda Eugenio e Ana Dinger colecionam conversas-performance situadas, experimentando com o público diferentes gradações da participação. Como uma conversa usual, os metálogos são irrepetíveis e ingovernáveis. Comportam o risco do encontro porque os seus percursos, meios e tons emergem no próprio fazer. Diferentemente de uma conversa usual, os metálogos recuperam uma operação avançada por Gregory Bateson: o compromisso de tentar que o modo de conversar materialize aquilo que está a ser conversado. No metálogo, procura fazer-se com conceitos ou, se possível, fazer os próprios conceitos, performando modos intensivos de pensar em relação. O esforço é o de presentação e não de representação, no sentido de superar, através do uso, tensões como estrutura/matéria e forma/conteúdo. A questão-problema, a ser manuseada, a cada edição, tem sido extraída do tema oferecido por um evento anfitrião. São sobretudo as condições do encontro que se preparam e esse trabalho preparatório (já, muitas vezes, também, metalógico) consiste no mapeamento das vizinhanças do problema e na proposição de ferramentas, materiais, formatos ou interfaces. O metálogo habita diferentes territórios, a cada vez resultando num objeto singular. O programa recorre sem remontar, outro modo de dizer que se repete o procedimento, diferindo a sua materialização. Constroem-se objetos tão distintos como uma batalha de slides, um artigo escrito ao vivo, uma palestra sem fala, um jogo de baralho ou um mecanismo-convite à realização de um conjunto de tarefas numa praça. Ensaiando um modo operativo perspectivista, o metálogo percorre a paisagem do problema através de uma tática da dádiva: o problema ganha corpo através do receber e retribuir de cada tomada de posição recíproca. Insiste-se no metálogo até que a questão inaugural se reformule, por desdobramento, numa outra ou mais questões. Os metálogos são criados, a princípio, segundo uma lógica usualmente atribuída ao happening : para serem apresentados uma única vez, na/para a situação que os dispara e acolhe originariamente. A materialidade emergente de alguns dos metálogos tem, entretanto, levado a que se explore a possibilidade do re-enactment e/ou da autonomização do artefato resultante de uma edição, quando esta revela um desdobramento em potencial e pede por uma continuação da direção encontrada. Edições já realizadas Metálogo #1 - os modos da situação ( Performance, Art and Politics , Atenas, Setembro de 2015); Metálogo #2 - o artista etnográfo & o etnográfo artista ( Mind the Gap , Universidade Católica, Lisboa, Novembro de 2015); Metálogo #3 - os modos da superfície ( À procura da superfície, ESE, Porto, Abril de 2016); Metálogo #4 - histórias & geografias da performance ( Performance Art em Portugal , CCB Museu Berardo, Lisboa, Julho de 2016) Metálogo #5 - os modos do público ( Festival Amostra Urbana, Curitiba, Novembro de 2017) Metálogo #6 - o irreparável, entre o passado e o futuro ( Exposições-Ocupação AND ; Mira Artes Performativas, Porto, e Rua das Gaivotas 6, Lisboa, Dezembro de 2019) Metálogo #7 - a cicatriz ( Dez anos em Posição-Com , Penhasco, Lisboa, Outubro de 2021) Série AND How Iniciada em 2015 por Fernanda Eugenio e Francisco Gaspar Neto, é uma proposição-situação participativa que, através da instalação de uma ambiência temporária de convívio entre pessoas desconhecidas (o público), convida a uma investigação coletiva à volta de como operam as diferentes dimensões da vida, sintetizadas, a cada edição, numa só palavra-questão. A cada vez, a proposta acontece num entre-2 (Fernanda Eugenio ou Francisco Gaspar convidam ou são convidades por alguém) e é ativada enquanto plano de encontro através da extensão do convite a um entre-muites – pessoas que partilhem da mesma inquietação e queiram juntar-se e contribuir com matérias e perguntas. Cada edição do AND How é instalada numa ambiência diferente, partindo de uma coleção de materiais iniciais (sob a curadoria das pessoas proponentes de cada edição) que conformam um território-pergunta. É a habitação coletiva temporária deste território-pergunta que descobrirá-inventará os modos de voltar a arrumar estas matérias, encontrando o próximo rumo. Edições já realizadas: AND HOW #1 os modos da conversa , situada num jantar entre desconhecides | com Fernanda Eugenio e o artista e colaborador do AND Lab Francisco Gaspar Neto (Lisboa, 2015) AND HOW #2 os modos da solidão , situada num final de semana de auto-etnografia da intimidade, mediado por um conjunto de tarefas e gravações em áudio | com Fernanda Eugenio e o artista e colaborador do AND Lab Francisco Gaspar Neto (Lisboa, 2015) AND HOW #3 os modos da pausa , situada na vivência de uma cerimônia do chá japonesa | com Fernanda Eugenio e a artista nipo-brasileira Erika Kobayashi (Lisboa, 2015) AND HOW #4 os modos da palavra , situada no uso e experimentação com o conjunto das ferramentas-conceito AND e de jogos poéticos | com Fernanda Eugenio e a poeta Gab Marcondes (Lisboa, 2015) AND HOW #5 os modos da sintonia , situada no uso e experimentação dos procedimentos da artista visual Lygia Clark | com Fernanda Eugenio e a psicóloga Catarina Resende (Lisboa, 2016) AND HOW #6 os modos da frequência , com Francisco Gaspar Neto e a artista e colaboradora do AND Lab Milene Duenha, situada na relação com os diferentes tipos de pessoas frequentadoras de uma casa-ocupação (Curitiba, 2018) Série SECALHARIDADE Secalharidade foi, originalmente, uma conferência-performance criada em colaboração por Fernanda Eugenio e João Fiadeiro, com produção da RE.AL e co-produção da Culturgest e do Festival Alkantara, estreada em 2012. A matéria central gerada da peça era uma faixa-manifesto de 2 metros de cumprimento, escrita ao vivo por Fernanda enquanto João fazia girar lentamente o papel em torno de um poste pertencente à arquitetura do Pequeno Auditório da Culturgest. O poste, geralmente evitado ou camuflado nas obras lá montadas, neste caso foi tornado num elemento-chave, em torno do qual a proposição emergiu. Nos dois anos subsequentes, a faixa-manifesto se autonomizou do seu contexto inicial e tornou-se, primeiramente, numa serigrafia de edição limitada criada pela editora Ghost (2013) e, a seguir, em ações site-specific nas quais a faixa foi levada à rua, em duas ocasiões bastante distintas. A primeira delas foi a manifestação "Que se lixe a Troika, queremos as nossas vidas" (Lisboa, 2013), a maior manifestação contra as medidas de austeridade da Troika então vigentes em Portugal. A segunda deu-se durante o Serralves em Festa (Porto, 2014), evento de grande porte no qual as portas do museu ficam abertas por 48 horas e recebe a maior afluência de público do ano. No primeiro caso, a faixa camuflou-se em meio a outras faixas com escritos reivindicativos, ao mesmo tempo adequando-se ao contexto e destoando dele, pelo tom ligeiramente deslocado, filosófico-poético, dos dizeres. No segundo caso, ela inseriu-se de propósito como objeto estranho, deslocado, em meio a uma situação em que se esperavam ver obras de arte, expectativa que a faixa ao mesmo tempo confirmava e da qual destoava, com a sua materialidade precária e 'mal acabada'. Após muitos anos guardado, o objeto voltou a Serralves em 2021, no âmbito da exposição "Para uma timeline a haver - história da dança em Portugal', de Ana Bigotte Vieira e João dos Santos Martins. Texto original da folha de sala da peça Secalharidade, apresentada em junho de 2012 no pequeno auditório da Culturgest: Estamos aqui para tomar uma posição e para partilhá-la em com-posição, em “modo encontro”. É da matéria explicitada e re-situada deste comparecer recíproco que ambicionamos extrair uma via para resistir. Para re-existir. Uma via pela qual contornar o estado de refém em que a lógica da representação nos encerra. Uma maneira de traí-la, apenas o suficiente para devolver o encontro ao plano do uso. Não para negá-la, nem para afirmá-la – já que as máquinas do Não e do Sim só iriam reforçá-la, mas para fazer com ela. Para retroceder ao invés de avançar, estancando a cinética moderna do saber, proliferada e agravada, hoje mais do que nunca, no vício colecionista do “isso é isto” e no loop pós-moderno do “isso é isto ou isto, ou ainda isto...” Entretenimento que nos imuniza num desperdício ad nauseum de respostas que, entretanto, se esquece de questionar a pergunta. Condição mínima: não faltar ao acontecimento e, sobretudo, chegar atempadamente. Desarmados de respostas prévias, disponíveis para flagrar no Óbvio a emergência de uma outra pergunta. Desativar a expectativa e todos os seus duplos – desejos de controle e manipulação – que, por norma, nos fazem chegar adiantados ao “saber” e atrasados ao “que sabe” o encontro. Ativar, no seu lugar, um estado de secalharidade, uma espera distraída de todos os parti pris, que se adensa à medida que nos empenhamos numa estimativa recíproca, numa abertura ao “acidente” do Outro. Ativar ainda, uma responsabilidade filigranar, ética do manuseamento atento, em vez da apatia, da não-comparência, de um fugir generalizado, da desistência desiludida. Estamos aqui, pois, a propor um entre-tenimento. Um “ter com”, um sustentar recíproco do não saber. Um “deixar-se estar” o tempo suficiente para que o próprio intervalo se efetue em “e”, em relação, em alteração mútua e em alargamento de mundo. Um entre-ter que cresce e se propaga como meio. Não como meio-termo, mas como meio-ambiente. A conferência-demonstração O Jogo das Perguntas Criada também neste período, em 2013, para funcionar como um instrumento de mediação, permitindo apresentar ao público o Modo Operativo AND em um formato expositivo. Fazendo uso combinado de elementos orais, performativos, audiovisuais e gráficos, a situação de partilha instaurada permitia tocar nas principais ferramentas e questões do projeto AND Lab em pouco menos de uma hora. Dentro da conferência, uma versão-maquete do poste presente na peça Secalharidade, bem como o re-enactment da escrita da faixa-manifesto, serviam de agregadores, em torno dos quais se estruturava a apresentação. A conferência-demonstração O Jogo das Perguntas foi apresentada diversas vezes ao longo do ano de 2013, em Portugal (Atelier RE.AL, Lisboa; Centro Cultural de Cascais, Cascais; Museu de Serralves, Porto), no Brasil (Festival Múltipla Dança, Florianópolis) e na Argentina (IUNA, Buenos Aires). Trecho da sinopse original: O jogo das perguntas começa quando somos apanhades pelo imprevisível. Começa, então, nem pelo início nem pelo fim, mas pelo meio: aquele lugar-situação em que o acidente irrompe e nos interrompe, dando-nos a oportunidade de encontrar um outro jogo, no qual as regras possam emergir do próprio jogar. A ativação deste outro modo operativo acontece na passagem do “saber o porquê” ao “saborear o quê”, permitindo que seja o próprio acontecimento a nos dizer a que sabe. Neste jogo, já não é a situação em redor que ocupa o lugar daquilo que se espera, mas nós própries é que entramos em “modo espera”. O primeiro e talvez o único gesto é mesmo este: parar. Ou, melhor dizendo, “re-parar”: voltar a parar para reparar.Logo que “re-paramos”, o meio ganha relevo: somos o que temos e o que nos têm, nesta implicação recíproca que nos torna, junto com o acidente, simultaneamente espaço, tempo, matéria e relação. Se pudermos sustentar este justo meio, se pudermos aguentar não saber, será a sustentabilidade do próprio encontro que terá então espaço para se (des)dobrar em convivência e plano comum. Série Palavras-Palestra Seria possível entrar em relação-traição com a linguagem, ao mesmo tempo fazendo com ela e fora dela, e fazendo desta operação um meio para desviar a sua vocação para a ordem ou o endosso? Seria possível fazer a palavra e palavrar o fazer, circunscrevendo sem nunca chegar a escrever? Nesta série Fernanda Eugenio explora, desde 2006, diferentes procedimentos de intervenção direta na materialidade das palavras – ou de re-materialização poética e escultórica da palavra – enquanto modos para a invenção conceitual e para a pesquisa da consistência entre o pensar e o fazer, o dizer e o praticar. Este trabalho de (pa)lavragem – lavrar da palavra – deseja-se incansável e talvez se relacione com o inconformismo de um qualquer cansaço que, às vezes, as palavras experimentam. Relaciona-se, certamente, com aceitar que é preciso fazer com o que se tem – mesmo que o que se tem sejam só palavras cansadas. Relaciona-se, também, com o alargamento do que pode ser a tradução, reivindicando um território de pesquisa para a tradução intra-língua, para além daquele entre-línguas que já lhe está assegurado. Ao longo de mais de dez anos, foram trabalhadas incontáveis palavras, que resultaram em objetos performativos apoiados nas mais diversas interfaces: poesia, carimbo e estêncil urbano; vídeo e fotografia; desenho; escultura com materiais improváveis como gelo, massa caseira, objetos de uso quotidiano, etc. Algumas das palavras exploradas foram: quase, erro, atenção, demora, coragem, distância, não, assim, logo, fora. Da Série Palavras-Palestra emergiram todos os jogos de palavras (por relações de tensão, por triangulação ou por transformação e neologismo) que compõem, atualmente, as ferramentas-conceito do Modo Operativo AND. Série Re-Programas Esta série reúne um conjunto de proposições sensíveis ao lugar, sob a forma de performances invisíveis e/ou duracionais, deambulações-coleções imagéticas e jogos-performance participativos, criações de Fernanda Eugenio, a partir dos procedimentos desenvolvidos na sua pesquisa de longa duração Etnografia como Performance Situada. Estes trabalhos, apesar da diversidade, têm em comum o afecto pela textura viva e mutante do agregado corpo-cidade-paisagem, um uso recorrente do relato (escrita e imagem fotográfica) como modo de arquivar a experiência e, sobretudo, o recurso a um mesmo protocolo de criação, composto pelos dispositivos da Reparagem e do Re-programa. Reúne-os um modo de criar cuja execução produz, ao mesmo tempo que dá a ver (com graus de visibilidade variados), uma obra-operação que, uma vez programada – ou seja, organizada como território para que algo se passe ou não se passe – permite trabalhar recursivamente com suas próprias consequências, numa série potencialmente ilimitada. A partir da instalação de uma zona comum de atenção num território da cidade, trabalha-se com diferentes cortes fractais de matéria urbana, seguindo o percurso: deambulação e paragem > descrição e maximização > circunscrição e menorização > proposição do programa > execução e recolha de consequências > re-proposicão do programa. Trata-se de um procedimento que desloca a sensibilidade e o fazer etnográficos para um plano de uso comum e coletivo, abordando-os como instrumentos para o jogo de com-posição relacional em escala cotidiana e para a performance ao vivo do encontro. QUANDO-ONDE? Opções disponíveis e histórico deste Programa no Calendário de Eventos & Agendamentos VER A PROGRAMAÇÃO DO CALENDÁRIO Close VISITAR A NOSSA 'BANCA DE ARTEFATOS' Go Eventos atuais e/ou anteriores relacionados no Calendário [se houver atividades atuais, elas aparecerão primeiro; rolar a lista para ver o histórico de atividades realizadas] páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum ANTERIOR PRÓXIMA

  • Praticas-Colaborativas

    Programas Colaborativos | AND Lab Next COMO? (Fazer Comum) ANTERIOR PRÓXIMA páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum Práticas MO_AND em Conversa Com Fernanda Eugenio & Múltiplas Colaborações Práticas originadas da linha de colaborações externas "MO_AND em Conversa Com...", que podem integrar eventualmente a programação do Calendário ou das edições anuais da Escola do Reparar. MO_AND & PERFORMANCE SITE-SPECIFIC Fernanda Eugenio & Gustavo Ciríaco City Labs Cidades são tão diversas quanto as camadas que as compõem. Não param de voltar a emergir, de se re-performar ao olhar e de nos envolver com as suas atmosferas imperiosas e inevitáveis, acidentais e náufragas, frágeis e fortes, banais e extraordinárias. São alquimias sempre em processo, que vão produzindo padrões por vezes conflitantes, ainda que osmóticos, de habitação, experiência sensível e (des)agregação social. Além disso, resultantes de muitos sonhos de arquitetura, da mistura espúria entre fantasias utópicas, soluções improvisadas, estruturas de poder e desvios locais contingentes, as cidades são simultaneamente formas concretas e territórios efêmeros. Nelas vivemos e morremos, nos encontramos e nos despedimos, mantendo a ficção diária que une os interstícios do panorama mais amplo dos fenômenos urbanos. City Labs são laboratórios temporários de atenção, mapeamento, criação e performance in situ , instalados em bairros e vizinhanças críticas de diferentes cidades, escolhidos pela ligação pertinente a questões políticas e afetivas locais. Com esta estrutura itinerante, Fernanda Eugenio e Gustavo Ciríaco têm viajado, desde 2009, pelas mais diversas ambiências urbanas, na América do Sul, nos EUA, na Europa e na Ásia, colecionando uma multiplicidade de acoplamentos e arranjos, situados entre as operações urbanas, e pesquisando a variabilidade performativa da forma-cidade. Nesta colaboração duracional, os protocolos da Etnografia como Performance Situada, de Fernanda Eugenio, entram em conversa com os procedimentos de criação contextual, que Gustavo Ciríaco emprega na construção das suas peças imersivas e relacionais, gerando proposições por vezes transportáveis para outros sítios, por vezes irrepetíveis, além de serem partilhados através das oficinas Práticas Site-Specific . Práticas Site-Specific Orientadas por Fernanda Eugenio em colaboração com o artista contextual Gustavo Ciríaco, foram criadas a partir da experiência angariada com o projeto colaborativo City Labs, que vem sendo alimentado desde 2009, com a instalação de laboratórios temporários de pesquisa artística em espaços públicos de países tão diversos quanto o Vietname, os EUA ou o Brasil. Algumas edições da oficina incluem também a partilha e/ou o re-enactment de excertos de peças contextuais, de Gustavo Ciríaco, e de jogos-performances da Série Re-Programas, de Fernanda Eugenio. A proposta é praticar um conjunto de proposições perceptivas para experimentar (com) o lugar e para investigar a performatividade das cidades. Misturando os protocolos da Etnografia como Performance Situada com abordagens vindas da arte contextual, a primeira parte do trabalho envolve uma jornada exploratória pelas vizinhanças geográficas e sociais do lugar que acolhe a própria oficina, exercitando o reconhecimento das materialidades e operações que perfazem a experiência urbana e a atenção ao diminuto e ao rarefeito que dão acesso à dimensão poética do cotidiano. Com a matéria sensível recolhida, as pessoas participantes são então convidadas a experimentar criar pequenas performances in situ , individualmente ou em pequenos grupos, incidindo na zona limítrofe entre o que já lá está a acontecer e o contato mais ou menos efêmero com um “possível alargado”, jogando com a fantasia do que podem ser os lugares. As Práticas Site-Specific geralmente são oferecidas em oficinas, com a duração de uma semana, que tomam lugar durante a Primavera ou o Verão de Lisboa, momento do ano mais favorável para passar longos períodos ao ar livre. As oficinas também acontecem (inter)nacionalmente no âmbito de festivais, residências artísticas ou a convite de estruturas artísticas e culturais. MO_AND & MOVIMENTO AUTÊNTICO Fernanda Eugenio & Soraya Jorge Neste projeto de investigação colaborativa, apostamos no potencial político e na urgência de constituir um campo de troca, de coabitação e de criação de procedimentos cruzados entre práticas ético-estéticas e práticas somáticas. Práticas de Reparagem & Testemunho A partir da colocação em conversa e da aproximação entre a prática da reparagem/reparação (MO_AND) e a prática do testemunho (MA) , unimos forças na direção da constituição de um conjunto de táticas para o cuidado de si e o cuidado do entorno. Ao mesmo tempo, tentamos que as duas práticas possam complementar-se reciprocamente e funcionar como ‘anticorpo’ uma da outra. Embora formalmente muito distintas, é explícita a correspondência entre as práticas. Ambas partilham um mesmo afeto-questão: o compromisso com a afinação da escuta sensível e com a constituição de uma sensibilidade (micro)política, através de uma investigação de cunho experiencial, relacional e situado. O Movimento Autêntico (MA) é uma prática somática relacional para o desenvolvimento da consciência encarnada/corporificada, chamada de somafulness por Soraya Jorge, responsável pela introdução deste trabalho no Brasil e em Portugal, e criadora, há mais de vinte anos, de uma abordagem singular para a sua prática e partilha. O fundamento da investigação proposta pelo MA é a estrutura posicional movedor-testemunha: é a partir do estabelecimento de uma relação de confiança e reciprocidade entre as posições de ver e ser visto que se instaura um campo de forças seguro para a contemplação do corpo e seus estados e para a prática da escuta direta da sensação. A (re)conexão com o plano da sensação funciona como chave para mapear, mover e curar padrões reincidentes, tendências reativas e feridas emocionais, a partir do desenvolvimento gradual da chamada testemunha interna: uma consciência em movimento, capaz de acompanhar sem julgar, comunicar sem acusar e responsabilizar-se pelas narrativas e interpretações que cria. É notável o potencial político expandido da conjugação das ferramentas do MA com as do Modo Operativo AND, que partilhamos nas diferentes modalidades de oficinas colaborativas Práticas de Reparagem e Testemunho, orientadas por Fernanda Eugenio e Soraya Jorge, em dupla e/ou em articulação com os parceiros, e também integrantes desta pesquisa, Guto Macedo e Naiá Delion. Por um lado, o MO_AND contribui para a expansão da consciência encarnada proposta pelo MA, num compromisso não apenas com o autoconhecimento, mas com o engajamento e a participação no plano coletivo. Por outro lado, o MA convoca explicitamente a estender também ao plano do ‘acontecimento individual’ os exercícios de fractalização da percepção, de acolhimento do acidente e de tomada de posição suficiente, propostos pelo MO_AND. Empregando diferentes recursos, tanto o Modo Operativo AND quanto o Movimento Autêntico investigam, a partir de uma prática no terreno e no corpo, as modulações entre presença e ausência, dentro e fora, percepção e apreensão, afeto e partilha, foco e distração, instante e memória, singularidade e coletividade, desejo e responsabilidade. As oficinas MO_AND+MA começam com um ou dois dias dedicados à introdução, primeiro, a cada uma das práticas separadamente. Nos dias seguintes, parte-se para algumas proposições que exploram modos de combinar as ferramentas do MA – as posições movedore e testemunha e campo de potência para somafulness que se instaura entre ambes – com as do MO_AND – a ética de incorporação do acidente, a desfragmentação de si e a prática da re-paragem através do (contra)dispositivo do jogo quê-como-quando-onde. As oficinas têm durações e formatos variáveis e adota(ra)m diferentes títulos, consoante a modulação específica que se deseja explorar ou mover. Práticas de Reparagem e Testemunho: Modo Operativo AND e Movimento Autêntico MO_AND + DANÇA & COREOGRAFIA Fernanda Eugenio & Sílvia Pinto Coelho Práticas de Atenção Das muitas e variadas práticas que temos para nos colocarmos em estado de escuta ativa, de investigação e de criação, esta oficina procura ativar como hipótese a possibilidade de isolamento sensorial, delimitando uma zona temporária de atenção. A curiosidade da percepção e a criação de nexos em estado incipiente constituem o lugar privilegiado de pesquisa. Habitar um campo constituído envolve um processo de ajuste delicado e re-situado, em cada etapa, para encontrar uma implicação. Qualquer coisa como olear e afinar a máquina enquanto a usamos, num cuidadoso trabalho de sintonização. Por vezes, este processo já coabita conosco há muito tempo. O trabalho pode, nesse caso, passar por reconhecer o que já se encontra em andamento, para o explorar com a atenção, a imagem e a imaginação geradas. As Práticas de Atenção são o nome dado por Sílvia Pinto Coelho a um conjunto de proposições que têm vindo a desenvolver a partir de alguns métodos de olhar para as coreografias do cotidiano. No âmbito do AND Lab, estas práticas de atenção aliam-se às (também) práticas de atenção propostas pelo Modo Operativo AND, compondo uma oficina que propõe diferentes exercícios para inventariar o que já lá está, naquela difusa zona a que chamamos de ‘antes de começar’, observando se (e como) continuamos a(o) começar e pesquisando táticas de preparação e pré-paração. Tanto Fernanda Eugénio como Sílvia Pinto Coelho têm vindo a debruçar-se sobre vários modos de olhar para o processo como uma dramaturgia de decantação: tudo ‘pode’ (acontecer), mas entre aquilo que ‘pode’ (acontecer), o que é que se torna possível, o que é que se revela e é relevante, tanto individual como colectivamente? Esta oficina costuma ser oferecida no âmbito das edições anuais do AND Lab (atualmente a Escola do Reparar) constituindo o nosso modo de pré-paração para cada dia de trabalho. É também, por vezes, oferecida como módulo autónomo. MO_AND + TERNURA RADICAL Fernanda Eugenio & Dani D'Emilia Práticas de Des-Imunização Partem do campo de afinação entre a política de co(m)passionamento, experimentada por Fernanda Eugenio com o Modo Operativo AND, e a prática da Ternura Radical proposta pela artista Dani d’Emilia, no âmbito da performance e da pedagogia radical, para pesquisar, no plano da corporeidade, possíveis percursos para a ativação de modulações não-hierárquicas e disseminadas do amor e do amar, experimentando a sua liberação de conformações pré-definidas e a sua operatividade enquanto força de strangership : sintonização com o impróprio e o alheio, capacidade de prescindir da lógica da (des)identificação e do (des)entendimento para abrir-se em disponibilidade, comparência, escuta, engajamento e presença. Esta colaboração ancora-se no desejo de experimentar procedimentos relacionais e práticas político-afetivas encarnadas para a trans-formação social, explorando a dobra entre o íntimo e o político: entre os modos da vinculação proximal e aqueles que poderão operar, por emergência, mudanças sensíveis no coletivo. Criar as condições para o exercício desta política outra para a constituição situada do viver-juntes envolve acolher o risco e comprometer-se com o cuidado recíproco, a fim de sondar caminhos para a retomada de territórios afetivos imunizados pelos mecanismos da indiferença ou pelo fechamento identitário. Des-imunizar ao outro ( cum , o outro; o além de mim), experienciar a relação como dádiva ( munus ). Fazer no/do corpo coragem e franqueza para se implicar, a cada vez, no (re)fazer comum. Os procedimentos e as proposições vivenciais que vão sendo criados na relação entre es artistas são, periodicamente, partilhados sob a forma de diferentes oficinas experienciais abertas à participação de qualquer pessoa com disponibilidade e desejo de pesquisar o território vasto – e sempre ainda por inventar – dos modos como vivemos as nossas relações e distribuímos os nossos afetos. As oficinas propõem a cada vez um conjunto diferente de práticas emergentes da contaminação-afinação entre as políticas do co(m)passionamento e da ternura radical, sempre partindo do plano da corporeidade para investigar outras disposições sensíveis – menos dependentes da identificação e do entendimento – e modos de criar, frequentar e praticar formas disseminadas do amor. As proposições procuram criar um ambiente de confiança, acolhimento e franqueza – no qual o cuidado possa crescer na proporção do risco – e envolvem circuitos sensoriais e micro-scripts performativos para serem vividos em duplas, trios ou em pequenos grupos, circunscrevendo zonas temporárias de intimidade com o desconhecido e o desconhecível e convidando a experimentar estados de vulnerabilização deliberada e de elasticidade variável da (im)permeabilidade e do (des)conforto. Práticas de Dis-solução De Fernanda Eugenio e Dani d’Emilia, são parte da pesquisa colaborativa des artistas à volta da elasticidade das capacidades de vinculação íntima com o desconhecido/desconhecível e de possíveis percursos para a ativação de modulações politizadas, não-hierárquicas e disseminadas do amor. Apostando na sintonização com as valências da (dissolvência) como meio para pesquisar possíveis "foras" do regime hegemônico da solução, as Práticas de Dis-solução trabalham com a matéria íntima/pessoal para atravessá-la. Através de rituais psicosSOMAgicos, miram sintonizações com o infra e o transpessoal que permitam repousar no tecido da inseparabilidade, descansar no sentir distribuído e percorrer todo o espectro das sensações até a sua borda se (des)integrar no fora/dentro. Colocando em conversa o Modo Operativo AND e a Ternura Radical , esta colaboração iniciou em 2018 com as Práticas de Des-Imunizacão, focando em modos de retomada dos territórios afetivos imunizados pelos mecanismos de fechamento-proteção-indiferença característicos das relações entre humanes num enquadramento hegemônico-colonial-capitalístico. Com a pandemia e a demanda emergencial por imunização biológica, comprometeram-se as condições de proximidade que permitiam trabalhar na des-imunização afetiva à alteridade, ao mesmo tempo em que se tornou ainda mais urgente a sintonização com o fundo comum da Vida - feito não só do entrelaçamento com outres nomeáveis como "semelhantes", mas também da imbricação de cada ume com o corpo da Terra, com a vastidão ilimitada da vida para além e aquém das formas. Emergiram assim, em 2020, as Práticas de Dis-Solução, procurando fazer da ‘falta de contato físico’ entre humanes uma brecha para a coletivização do sentir, alargando as experimentações na direção de um repertório de intimidade relacional mais vasto, capaz de vibrar em amorosidade com outras formas de vida, mais-que-humanas. Experimento Re-Fusing Emerge na sequência de uma trajetória de investigação sobre como estender nossos modos e campos de intimidade entre e além do corpo social, de modo a incluir relações metabólicas mais amplas pelas quais somos constituídes e com as quais estamos continuamente entrelaçades. Movides pelo anseio e pela necessidade política de novas formas viscerais de respons(h)abilidade e pertencimento, temos vindo a investigar práticas que ativam a inseparabilidade e nos ajudam a sintonizar com ela enquanto uma experiência no sensível. Essa jornada começou em 2018, quando, colocando o Modo Operativo AND em conversa com a Ternura Radical , Fernanda e Dani criaram as Práticas de Des-imunização. A segunda fase dessa jornada deu lugar a outro campo de procedimentos relacionais, as Práticas de Dis-solução, por meio das quais emergiu uma série de Rituais PsicosSOMAgicos. Agora, com este primeiro experimento, circunscrevemos um novo campo de pesquisa na operação re-fusing - que sintetiza num só-multiplo movimento os gestos de recusar e refundir. Este é o desdobramento mais recente dessa pesquisa de longa duração, no qual, em conversa com Sarah Amsler, propomo-nos a estender mais amplamente abordagens queer ao plano das relações multiespécies, dando continuidade a esse trabalho dedicado a expandir formas de intimidade e a interromper, em si, inscrições sistêmicas que perpetuam a separabilidade. Iniciando um movimento mais direto de colocação em conversa das pedagogias do AND Lab e do coletivo Gestos Rumo a Futuros Decoloniais , o experimento encarnado Re-fusing propõe um protocolo simples para comparecer a encontros ume-para-ume com entidades mais-que-humanas, ativando modulações de relacionalidade cuir que permitam explorar em ato como co-sentir em vez de consentir - e, assim, pesquisar vias para reabrir e reorientar categorias e formas (passando do 'kind' ao 'kin'), sustentando a questão: 'o que é preciso recusar para re-fundir?' QUANDO-ONDE? Opções disponíveis e histórico deste Programa no Calendário de Eventos & Agendamentos VER A PROGRAMAÇÃO DO CALENDÁRIO Close VER AULAS E OCUPAÇÕES DO ESPAÇO AND LAB Close VER A BANCA DE ARTEFATOS PUBLICADOS Close Eventos atuais e/ou anteriores relacionados no Calendário [se houver atividades atuais, elas aparecerão primeiro; rolar a lista para ver o histórico de atividades realizadas] páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum ANTERIOR PRÓXIMA

  • Diretrizes

    Sobre o AND Lab e o Modo Operativo AND | AND Lab Next QU Ê? (O AND Lab) Diretrizes do AND Lab As Diretrizes Território, Cuidado & Soma AND Território Esta diretriz é, ao mesmo tempo, o ancestral e o futuro do AND Lab. Foi pela pesquisa no/com o Território que aquilo que viria ser o Modo Operativo AND emergiu, ainda no Brasil e no início dos anos 2000, sob a nomenclatura de Etnografia enquanto Performance Situada, na dobra entre antropologia e dança. Nesta altura, a prática do Reparar se dava em "grande escala", sobretudo em territórios urbanos e numa relação de mergulho e encantamento com a rua e os espaços comuns. Transpondo a metodologia antropológica do trabalho de campo para um plano de criação de proposições situadas e de performação do encontro, era através do território - experimentado à escala humana, seja pela caminhada, seja pela permanência - que Fernanda Eugenio se propunha, então, a mapear questões do lugar, emergentes das relações entre geografia e arquitetura, macro e micropolíticas, hábitos e habitações, códigos e desvios, contiguidade e coexistência, conflitos e comunhões, visibilidade e invisibilidade. Enquanto estado sensível, o exercício do Reparar convoca, ainda hoje, tanto a modulação do movimento como a da pausa, sendo vivido enquanto exercício de deslocação simultaneamente subjetiva e espácio-temporal (enquanto abdicação da interpretação e da 'interpretose' em favor do percorrer e do descrever, de perto em perto) e, ao mesmo tempo, enquanto compromisso em permanecer, persistir, demorar-se no território investigado e fazer com ele - e para ele. A diretriz de entrada nas questões pela via do Território acompanha todas as modulações seguintes do Modo Operativo AND e se assenta na prerrogativa do acontecimento coletivo em detrimento da autoridade do sujeito e numa ética de extrair os critérios para cada escolha, gesto ou jogada da escuta situada - para o cuidado-curadoria do comum. Assume-se que o território é o próprio saber-sabor, o saber encarnado a inquirir - via reparagem - para ser possível tomar decisões que sejam, também e sempre, des-cisões. Des-cisão, um desfazer da cisão entre eu e outre, e entorno envolvente, permitindo a reconexão com a experiência sensível da inseparabilidade. Se a pesquisa com o Território, sobretudo em meio urbano, marcou o início do MO_AND, ela vem apontando, agora, também para o seu futuro. Nos mais recentes desdobramentos do Modo Operativo AND, cresce uma inclinação que nos leva, mais e mais, não somente para fora do estúdio, mas também para fora da cidade. O Território volta a comparecer, alargado em Terra, nas novas modulações dos jogos de cuidado-curadoria e das proposições rituais do/com o MO_AND, que se dedicam à vivência da inseparabilidade e acontecem em ambientes 'naturais', experimentado o contato e a fricção com uma biodiversidade mais-que-humana. Este movimento tem, pouco a pouco, carregado o AND Lab num 'devir LAND' - que se manifesta concretamente na emergência dos cursos LANDscape da Escola do Reparar, que acontecem em modo retiro, em localidades afastadas dos centros urbanos, e sinalizam uma tendência/desejo de assentamento futuro do próprio AND Lab fora da cidade. AND Cuidado O atravessamento do Cuidado se manifesta pervasivamente no AND Lab, enquanto ética, modo de fazer e de habitar e, ainda, enquanto dimensão inerente e efeito somático-político da frequentação da prática do próprio Modo Operativo AND. A enunciação do Cuidado como diretriz e modo de atuação direta do AND Lab, embora sempre estivesse estado lá, no próprio ato do Reparar, só foi delineada explicitamente a partir do encontro com a área da Psicologia Transdisciplinar - 'acidente' que levou à emergência de um campo de pesquisa de longa duração, hoje abrangido no projeto colaborativo duracional MO_AND + Clínica-Cuidado. As consequências que a prática do MO_AND traz ao plano da produção de cuidado e da subjetividade têm sido exploradas seja em pesquisas universitárias seja dentro do próprio AND Lab, com a criação e o desdobramento de práticas dirigidas especificamente para a formulação dos afetos experimentados em jogo e para o re-conhecimento das micro-transformações emergentes. A linha orientadora do cuidado enquanto pulso da presença no Modo Operativo AND assenta no compromisso com o exercício transversal da comparência co(m)passionada e da des-ilusão, através da desidentificação com normatividades pré-determinadas e da ativação de modulações politizadas, não-hierárquicas e disseminadas do amor. Aproxima-se, assim, o cuidar do curar, enquanto assume-se o curar não como restabelecimento da ordem ou de um estado previamente definido como bom ou saudável, mas enquanto gesto de curadoria: prática de re-membração, re-imaginação e re-invenção de si e do mundo. AND Soma A diretriz Soma, a abarcar a injunção entre o íntimo e o político, e entre a micropolítica de reciprocidade praticada no MO_AND e a espiritualidade, é aquela que mais recentemente foi reconhecida e se assentou em formulação no AND Lab. Mais uma vez, embora tenha 'sempre estado lá' - no foco dado à encarnação/presentação como via para a tomada de posição, bem como ao ISSO, o afeto inominável, enquanto motor do acontecimento -, este atravessamento vem sendo explicitamente endereçado através da multiplicação, nos últimos anos, das modulações do jogo AND que tomam o corpo-território enquanto 'tabuleiro' e permitem abordar as marcas do Irreparável em cada ume, interpelando de modo mais direto a matéria sensível que nos constitui e nos insepara. Esta diretriz assinala a transversalidade, na prática do MO_AND, de uma compreensão expandida do corpo e da corporeidade, tomados enquanto lugar privilegiado para trabalhar, por fractalização da percepção e por in/ex-corporação, a des-ilusão e a des-cisão, através da escuta da sensação enquanto se Repara e da constituição de um campo seguro para atravessar e re-membrar o Irreparável, exercitando o Reparar enquanto co-sentir com o aquém e o além de nós. Invocar a nomeação Soma é parte de uma orientação que aborda o corpo como agregado (des)dobrado. Soma é o corpo físico, é o 'cada corpo', mas é também multiplicidade, corpos. Abarca o físico e o energético, o trans e o infra-pessoal; o individual e o ancestral; o social, o cultural, o histórico, mas também o cosmológico e o infinitesimal. É, ainda, o reconhecimento da continuidade entre todos os corpos no corpo mais vasto, mais-que-humano, da Vida enquanto fundo comum que comporta todas as formas manifestas e por manifestar. A diretriz Soma sublinha, assim, a pesquisa de vias de reconexão com a experiência sensível da inseparabilidade enquanto objetivo transversal de toda a constelação de práticas do MO_AND, e enquanto gesto ao mesmo tempo político e espiritual. VER OS PROGRAMAS & ATIVIDADES DO AND Go VER OS PROGRAMAS & PRÁTICAS COLABORATIVAS Close

  • Mariana Ferreira | Equipa & Colaboradores AND Lab

    Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Mariana Ferreira Colaboração em Investigações e Práticas Mariana Ferreira formou-se em Reabilitação Psicomotora pela Faculdade de Motricidade Humana de Lisboa, fez estágio de observação psicomotora no ISPE-GAE (São Paulo); estudou no Texas e Califórnia BA Fine Art (dança e pintura). Ao longo dos anos interessou-se e formou-se em Dynamic Theatre e Deep Memory Process e frequentou aulas e grupos de dança com Silvana Pedrazzi (dança clássica indiana Odissi e dança oriental) e Marina Nabais (dança contemporânea); é praticante de Movimento Autêntico com Soraya Jorge. Hoje em dia, frequenta o ano final da especialização em Psicoterapia Psicanalítica Relacional (Psirelacional). Atuou como Psicomotricista no Instituto de Neuroeducação de Lisboa e, hoje, trabalha em clínica privada com crianças, adolescentes e adultos; leciona Desenvolvimento Psicomotor na Pós-graduação Neuroeducação do Instituto Português de Psicologia e Outras Ciências. Trabalhou com grupos terapêuticos de mulheres e crianças, orientou as oficinas Perdas (2012), As teias que as mulheres tecem (2009) e Pelo corpo é que vamos (2009). Ao longo do ano letivo 2015/16 desenvolveu com Fernanda Eugénio o projeto "O AND vai à Escola", com alunos do ensino básico vocacional, na Escola Básica de Azeitão. < Anterior Próxima >

  • Pat Bergantin | Equipa & Colaboradores AND Lab

    Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Pat Bergantin Núcleo Local São Paulo (Brasil) Participante do Coletivo AND Pat Bergantin é artista de dança. Como educadora se dedica a partilhar sua prática Corpo Antena, que reconhece o corpo como transmissor, receptor, modulador e transdutor de forças. Sua pesquisa trabalha com a percepção de corpo-campo, reativando a autonomia relacional e integrando tanto aspectos físicos, mentais e emocionais, quanto sociais, ancestrais e espirituais. Também faz parte da equipe pedagógica da Escola do Reparar do Modo Operativo AND, metodologia de cunho ético-estético e político para a investigação experiencial da relação e da reciprocidade, criada pela antropóloga e artista brasileira Fernanda Eugenio. Integra o núcleo AND Lab São Paulo e o AND Collective. Como coreógrafa e dançarina destacam-se os trabalhos "Mandíbula", "Égua" e "Contágio", em colaboração com Josefa Pereira, e "Monstra", de Elisabete Finger e Manuela Eichner. Apresentou-se em lugares como Moderna Museet na Suécia (2020), Bienal de Dança SP (2019), Festival Internacional de Dança do Uruguai (FIDCU) (2018) e Museu de Arte Moderna (MAM-SP) (2018). Em sua trajetória estudou em Veneza (Itália), Bruxelas (Bélgica), Havana (Cuba) e NY (EUA), e trabalhou com Marta Soares, Jorge Garcia além de em produções internacionais de artistas como Jerôme Bel, Tino Sehgal, Angie Hiesl & Roland Kaiser e Yvonne Rainer. Formada em Balé Clássico pela Escuela Nacional de Cuba, é graduada no curso de Letras da USP. patbergantin.wordpress.com (foto: Biel Basile) < Anterior Próxima >

  • Bernardo Chatillon | Equipa & Colaboradores AND Lab

    Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Bernardo Chatillon Colaboração em Investigações e Práticas Bernardo Chatillon pretende imaginar novos mundos, colocando a hipótese de nos relacionarmos com os espaços que estão obstruídos, camuflados, ilegíveis, ignorados, invisíveis. Conviver com os corpos, as paisagens e os movimentos que estão presentes, mas não têm visibilidade, em articulação com o conceito de Pensamento Mágico aplicado à dimensão teatral. Estreou-se com os Artistas Unidos. Depois de completar o Chapitô integrou a Formação Intensiva Acompanhada no c.e.m e mais tarde a Escola Superior de Teatro e Cinema (Licenciatura Teatro / Actor). Entre 2012 e 2015 integra o casting da companhia do Teatro Nacional D. Maria II. Em 2016 muda-se para Berlim onde colabora em diversos formatos e projectos através de práticas artísticas, encontros e espectáculos com Marc Lohr, Sigal Zouk, Mineral Wasser Kolective, André Uerba, Peter Pleyer, Stephanie Mahler, Jeremy Wade , Benoilt Lachambre, Keith Hennessy, Joy Mariama Smith, Meg Stuart, Sandra Noeth, Natasha A Kelly, CA. Conrad, Sigmar Zecarias, Diego Aguillo, Sophia New, Fernanda Eugenio entre outros e completa o mestrado Solo/Dance/Authorship (SODA) pela Inter-University Center for Dance Berlin (HZT/UDK). Recentemente, criou os espetáculos Reindeer Age #0 , Uferstudios Berlin (2019), Teatro Do Bairro Alto (2020), Reindeer Age #1, P.T. 21 Espaço do Tempo (2021), O fazer do dizer , Centro Cultural de Belém (2022) , O que já cá está, Rua das Gaivotas 6 (2023). Em 2022 juntamente com Claudia Teixeira e Fernanda Eugenio começa a dar forma á criação da questão-tema “ politicas e praticas da amizade” para uma base de curadoria na programação do espaço Trust-Collective em Arganil. Em 2023 começou a lecionar na Escola Superior de Teatro e Cinema em Lisboa e entrou para a nova direção da associação R.I.Ju (Rancho Infantil e Juvenil de Coja) com o projeto Fôlego onde ensina, programa, experimenta e convive. < Anterior Próxima >

  • Milene Duenha | Equipa & Colaboradores AND Lab

    Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Milene Duenha Núcleo Local Curitiba (Brasil) Participante do Coletivo AND Milene Duenha é artista com atuação nas intersecções entre dança, performance e teatro. Interessa-se por questões ligadas ao corpo ingovernável e seus modos de estar/fazer como potência de afeto. Pesquisa a noção de composição nas artes presenciais e as relações entre ética, estética e política. É professora colaboradora no curso de Dança da UNESPAR, integra o Núcleo AND Lab Curitiba e o AND Collective e colabora na Escola do Reparar. Desenvolve uma pesquisa artística no Coletivo Mapas e Hipertextos desde 2012 e integra o Projeto Corpo, Tempo e Movimento desde 2014. Possui graduação em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Londrina (Brasil) e pós-graduação em Artes Visuais / Arte-Educação pela mesma instituição. Doutora e mestre em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Brasil). < Anterior Próxima >

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